segunda-feira, 30 de abril de 2012

SponHolz

Por dentro da nova Univesp

 

Conheça os cursos a distância que serão lançados pela futura universidade

28 de abril de 2012 | 22h 30

Sergio Pompeu e Carlos Lordelo, do Estadão.edu
A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) aposta no projeto que lhe dá autonomia, enviado este mês pelo governo do Estado à Assembleia, para ganhar mais peso no sistema público de ensino superior paulista. “É superimportante que a gente tenha personalidade jurídica própria”, diz a coordenadora geral da Univesp TV, Mônica Teixeira. “Uma parte do establishment da educação não acredita que é possível formar gente a distância como estamos fazendo.”
Alckmin assina projeto de lei que cria a Univesp e encaminha documento à Assembleia - Du Amorim/Divulgação
Du Amorim/Divulgação
Alckmin assina projeto de lei que cria a Univesp e encaminha documento à Assembleia

Com a autonomia, a Univesp pretende ampliar sensivelmente sua oferta de cursos certificados a distância, hoje limitada a duas licenciaturas (em Ciências, em parceria com a USP; e em Pedagogia, com a Unesp) e duas especializações (em Ética, Valores e Saúde na Escola; e em Ética, Valores e Cidadania na Escola, ambas em convênio com a USP).
Numa primeira etapa serão oferecidas duas novas licenciaturas (em Língua Portuguesa e em Matemática, ambas produções autônomas da Univesp), quatro bacharelados (Sistemas para Comércio Eletrônico e Segurança da Informação, autônomos; Engenharia da Computação e Engenharia de Produção, ambos em parceria com a Unesp), um tecnológico (Tecnologia em Processos Gerenciais, produzido em parceria com o Centro Paula Souza), uma especialização (Formação de Educadores para Libras, em parceria com a Unicamp) e um mestrado profissional (stricto sensu) em Formação de Professores de Engenharia (em parceria com a Escola Politécnica da USP).
Destes, o que está em estágio mais avançado é o de Tecnologia em Processos Gerenciais, que só aguarda a aprovação do projeto pela Assembleia e o credenciamento da Univesp pelo Ministério da Educação para abrir inscrições no processo seletivo. A expectativa do Centro Paula Souza é oferecer 3.200 vagas para o curso, de três anos de duração.
“O material institucional dos três primeiros semestres e a estrutura de laboratórios para a parte presencial estão prontos”, diz o coordenador de Ensino Superior de Graduação do Paula Souza, Angelo Luiz Cortelazzo. “Os outros três estão na fase final do design gráfico.”
Como a legislação impede a realização de cursos certificados estritamente online, 25% da carga horária será presencial. Os polos presenciais serão instalados na rede de 52 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) subordinada ao Paula Souza.
O curso tecnológico será usado pela Univesp para conseguir o credenciamento do Conselho Nacional de Educação para funcionar como universidade. Isso porque o MEC só envia equipes para avaliar a estrutura da instituição quando ela tem pelo menos um curso com metade da carga horária pronta.
O programa de Tecnologia em Processos Gerenciais foi concebido para micro e pequenos empresários. Segundo o Paula Souza, dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que 700 mil empreendimentos em São Paulo são dirigidos por pessoas sem formação superior.
O Centro Paula Souza quer seguir a mesma lógica de demanda potencial em outros dois cursos que pretende oferecer em parceria com a Univesp, nas áreas de Museologia e Restauro. “São áreas com déficits de milhares de profissionais”, diz Cortelazzo. “A Secretaria de Cultura estima que faltem 7 mil profissionais só para suprir as necessidades da rede de museus do governo do Estado. Em restauro, temos uma demanda reprimida da ordem de 2 a 3 mil pessoas.”
Engenharia
No caso de Formação de Professores de Engenharia, a ideia do curso vem sendo discutida pela Univesp e a Poli há pelo menos um ano e meio. Mas só agora, com a institucionalização da Univesp, deverá sair do papel. “Está provado que o ensino online tem tecnologia suficiente para garantir uma boa formação”, diz o diretor da Poli, José Roberto Cardoso.
O curso visa a capacitar, inicialmente, os professores das Fatecs. Depois deverá ser expandido para atender docentes de universidades particulares. O mestrado funcionará no modelo semipresencial, mas ainda não foram definidos a localização dos polos ou o número de vagas.
Segundo Cardoso, o projeto do curso ainda precisa ser submetido às comissões internas da Poli. “É sempre bom encarar coisas novas”, diz. “A formação de professores em todas as áreas da Engenharia é um problema muito grave no País.”
Cardoso elogiou os planos da Unesp de lançar graduações em Engenharia da Computação e de Produção em parceria com a Univesp. “A USP vai acompanhar essa tendência, mas na sua velocidade. Temos DNAs diferentes.”
Os projetos dos cursos da Unesp também precisam passar pelas comissões internas da universidade. A meta é usar a estrutura da instituição, espalhada por 23 cidades paulistas, como polos de apoio presencial. Para cada polo seriam oferecidas 25 vagas em Produção e outras 25 em Computação no vestibular.
Segundo o coordenador do Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Unesp, Klaus Schlünzen Junior, algumas unidades precisariam ser adaptadas para receber laboratórios e salas multimídia. “O investimento em EaD beneficia também os alunos dos cursos presenciais e a sociedade. Por conta do curso de Pedagogia, por exemplo, fizemos compras expressivas de livros, que estão disponíveis para quem mora perto dos polos presenciais.”
Klaus afirma que a principal dúvida dos professores responsáveis pelos novos cursos é o que se pode fazer na formação de engenheiros em cursos a distância, e não se é possível formar engenheiros a distância. “Depois da experiência com o curso de Pedagogia, alguns docentes acabaram percebendo as potencialidades da educação online”, diz. “É preciso criar a cultura, dentro da universidade, de usar a tecnologia para ensinar.”


http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,por-dentro-da-nova-univesp,866660,0.htm

domingo, 29 de abril de 2012

Entenda os zilhões de bytes

 

10 de abril de 2012 | 23h44
 Ethevaldo Siqueira


Em plena era da informação, é essencial que saibamos como se mede a informação, da menor à maior das unidades. Este artigo foi preparado para facilitar o entendimento dessa questão, em especial para aqueles  que gostariam de entender definitivamente como se mede a informação e a o que essas unidades significam na prática.
Comecemos pelo bit, que, como se sabe, é a menor unidade de informação que um computador pode processar, formada por apenas dois dígitos. Na realidade, bit é a contração de BInary digiT, ou seja, dígito binário. A linguagem binária usa apenas dois dígitos: zero (0) e o um (1). Eis alguns exemplos: 00 ou 01 ou 10 ou ainda 11, que representam, respectivamente: zero, um, dois e três.
Para a maioria das pessoas, parece estranho que a massa de informações que circula pela internet ou pelas redes de telecomunicações ou ainda pelos computadores em todo o mundo se reduz, em última instância, a combinações intermináveis de zeros e uns.
Sim, leitor, na linguagem binária da tecnologia da informação só com esses dois elementos básicos podemos representar qualquer letra, sinal, desenho, gráfico, gravura colorida, foto, imagem em movimento, som, palavra, música, texto, filme, ópera, tudo, enfim, que utilizamos para transmitir informação ou conhecimento nesse processo de convergência entre informática, telecomunicações e multimídia.
Como entender as unidades de informação depois de um bit? Comecemos pelo byte, que é um conjunto de bits (ou seja, de zeros e uns) de um comprimento específico (em geral, oito bits), representando um valor num esquema codificado do computador. Esse valor pode ser uma letra, um número, um sinal de pontuação, um símbolo como o cifrão ($), a arroba (@) ou um asterisco (*). Pode ainda representar um comando, como o retorno de linha ou parágrafo, a criação de uma nova linha, o avanço de um espaço num texto.
A equivalência dos múltiplos do byte é curiosa. Confira:
* Quilobyte (KB) equivale a 1.024 bytes (ou seja,  10 elevado à 3ª potência). Exemplo: um artigo de cem palavras. Se, para simplificar, arredondarmos os 1.024 bytes para 1.000 bytes, os demais múltiplos serão os seguintes:
* Megabyte (MB), mil quilobytes ou 1 milhão de bytes (ou 10 à sexta potência). Exemplo: um livreto de cem páginas.
* Gigabyte (GB), mil megabytes ou 1 bilhão de bytes (ou 10 à nona). Exemplo: a Quinta Sinfonia de Beethoven.
* Terabyte (TB), mil gigabytes, ou 1 trilhão de bytes (ou 10 à décima segunda). Exemplo: todos os raios X de um grande hospital, como o Hospital das Clínicas.
* Petabyte (PB), mil terabytes, ou 1 quatrilhão de bytes (ou 10 à décima quinta). Exemplo: metade do conteúdo de todas as bibliotecas acadêmicas dos EUA.
* Exabyte (EB), mil petabytes ou 1 quintilhão de bytes (ou 10 à décima oitava). Exemplo: cinco exabytes equivaleriam à totalidade das palavras já pronunciadas pela humanidade.
* Zettabyte (ZB), mil exabytes, ou 1 sextilhão de bytes (ou 10 à vigésima primeira). Exemplo: informação equivalente ao total de grãos de areia existentes em todas as praias do mundo.
* Yottabyte (YB), mil zettabytes, ou 1 setilhão de bytes (ou 10 à vigésima quarta). Exemplo: o total de informação equivalente ao número de átomos contidos no corpo de 7 mil pessoas.
* Googolbyte, um número de bytes equivalente a 10 elevado à centésima potência. Diante de um número tão grande, poderíamos dizer que um googolbyte equivaleria a todos os átomos contidos na Via Láctea.

Presidenta por decreto

 

RUY CASTRO


FOLHA DE SP - 27/04/12



RIO DE JANEIRO - Amigos me alertam para um decreto-lei recém-publicado no 

"Diário Oficial da União": "A Presidenta da República faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º. As instituições de ensino públicas e privadas expedirão diplomas e certificados com a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada, ao designar a profissão e o grau obtido. [...]

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de abril de 2012. Dilma Rousseff. Aloizio Mercadante. Eleonora Menicucci de Oliveira".

Tal lei serve apenas à teimosa vontade da presidente Dilma de ser chamada de presidenta, na ilusão de, com isso, estar valorizando as mulheres. E não adianta dizer-lhe que não é assim que a língua funciona. O problema é que, com a medida, ela obriga a que se parem as máquinas e se corrijam a jato todos os dicionários da língua portuguesa.

Porque, se Dilma agora é presidenta por decreto, também quero ser chamado de jornalisto, articulisto, colunisto ou cronisto.

Idem, os calistas, juristas, dentistas, arquivistas, criminalistas, ortopedistas, ginecologistas e médicos-legistas do sexo masculino, todos podem requerer diplomas de calistos, dentistos, arquivistos, criminalistos, ortopedistos, ginecologistos e médicos-legistos. O próprio Aloizio Mercadante, ministro da Educação e cúmplice da presidenta nessa emboscada contra a língua, deve exigir ser chamado de congressisto quando voltar ao Senado.

Pela novilíngua da presidenta, o sindicalista Lula teria sido um sindicalisto. Luiz Carlos Prestes, um comunisto. Millôr Fernandes, um humoristo. Luizinho Eça, um pianisto. Guimarães Rosa, um romancisto. O cego Aderaldo, um repentisto. Ayrton Senna, um automobilisto.

Dilma acha pouco ser presidenta. Quer ser também linguista.


sábado, 28 de abril de 2012

STF do B: diferença dos iguais

 

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net  
Por Ernesto Caruso

O STF do B decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional e pronto. Todos votaram com o relator, ministro Ricardo Lewandowski.

As razões dos ministros giraram em torno de que se deve tratar de modo diferente pessoas desiguais, justificando à luz da Constituição do Brasil, que para ser republicana e democrática tem que ser assim.

O Art. 5º, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,..” não é bem assim, se comparado com o Art. 3º que elenca os objetivos fundamentais da República de construir, garantir, erradicar e promover, respectivamente, uma sociedade livre, justa e solidária; o desenvolvimento nacional; a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Justificativas como a adoção de delegacias da mulher, a Lei Maria da Penha, a que impõe a participação maior da mulher na política, bem como a das cotas referentes aos deficientes físicos foram citadas para a aprovação unânime.

Ora, quando a CF impõe como uma das metas do Art. 3º, de “reduzir as desigualdades sociais e regionais” não está implícito que alguns sejam prejudicados e outros favorecidos, principalmente considerando o grau maior ou menor da mestiçagem, que por estar intrinsecamente ligada aos aspectos de etnia, raça, consubstanciado no abominável racismo, indutor de confrontos na História da humanidade, só comparável àqueles de fundo religioso.

Estímulos e incentivos são tolerados, pois difícil se torna medir tudo no fio da navalha, como por exemplo, “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,...” (Art. 5/CF).

O apoio ao mais fraco ou deficiente, quando agasalha o gênero, homens, mulheres, não agride. Se a legislação estabelece cota para deficientes físicos, ninguém reage, pois a natureza humana se engrandece diante daqueles com necessidades especiais e, sem considerar o amor próprio da pessoa referida de viver como os demais, mas que sob o véu da economia toda a sociedade ganha, incorporando ao seu seio mais um cidadão.

Outros benefícios podem ser assinalados como a tabela progressiva do imposto de renda, cobrando mais dos que ganham mais, imposto mais elevado nos produtos não essenciais, vale gás, tarifas sociais, bolsa família, juros mais baixos para menor renda familiar na aquisição da casa própria, etc.

Cor da pele, raça, etnia não são deficiências, nem insuficiências, ter ou não dinheiro para se instruir, sim. Aí é que entra o poder do Estado para corrigir e beneficiar o grupo social economicamente desprovido. Mas, o quê esperar desse Estado deteriorado pela corrupção, corpo com infecção generalizada nos corredores do SUS, infectos, onde morrem desassistidos brasileiros de todas as origens, de todas as cores, com a pele da pobreza e do abandono.

O processo de inclusão do pobre, naturalmente vai beneficiar a todos independente do grau de miscigenação. Pobre negro, pobre branco e pobre mestiço estão na fila da sobrevivência. Que os ladrões do erário se apiedem.

Só um dos ministros, dos que vi, Gilmar Mendes, abordou as incoerências, mas mesmo assim, acompanhou o voto “politicamente correto” do relator. Comentou sobre as falhas do tribunal da universidade que designa quem é negro e quem não o é. Citou o caso de dois irmãos, mestiços, um escuro e outro claro; o escuro foi considerado negro e foi matriculado.

Dia desses, assistindo a um filme na TV5Monde sobre o Senegal, um berço da escravidão negra, origem de muitos dos brasileiros, cenas de beleza natural se desenrolaram, a exuberante vegetação marginal e a mansidão das águas do rio Senegal. Casas e localidades do passado, a recuperação de prédios e o tombamento como patrimônio histórico, as prisões dos escravos, como escravos locais punidos que serviam àquela sociedade, e, dos que seriam vendidos e transportados como peças nos navios negreiros.

Encantos das tradições evocadas destacavam como traço de união a miscigenação, ao contrário do se pratica nesta terra de Santa Cruz. A beleza da miscigenação da mulher brasileira é mascarada impondo que se auto-intitule como negra e não mestiça. Uma negação à componente branca, como a negar a própria mãe que a gerou.

Em cena recente da nossa televisão, a apresentadora entrevista a bela atriz e a tônica da conversa é a discriminação e não o sucesso, como de tantos mestiços, com mais ou menos caracteres externos da origem negro-africana, registrados na História. Muitos com esforço venceram e se destacaram nos campos de atuação.

A História é falseada a se escrever que com a descoberta do Brasil, os portugueses atacavam aldeias e capturavam homens, mulheres e crianças e que daí as tribos começaram a ajudar na caçada aos negros, como se na África não existisse a escravidão e que também eram transportados como escravos para a Europa. Como registrado, o fim da escravidão na América, não foi o fim da escravidão na África.

O STF do B surfou na onda esquerdista e internacionalista.

A esperança já morreu? Talvez. Mas, não a fé de que não há mal que sempre dure não há bem que nunca acabe.

Daiane dos Santos, ao que consta, tem 40,8% de origem européia, 39,7% africana e 19,6% ameríndia, de acordo com estudo do seu DNA.

E o DNA dos brasileiros que estavam naquele ambiente, julgando, defendendo ou sentindo a manutenção das cotas como a negação da Nação mestiça que somos?

Marcados pelas cotas, uns estarão porque as usaram e, outros estarão marcados pelos juízes, mesmo que não as tenham aproveitado.

Triste, mas uma realidade que se espera seja mudada algum dia.

Cotas Humilhantes

O mundo assiste constantemente cenas de violência decorrentes de intransigência religiosa e racial. Na nossa mente, tais fatos seriam coisas do passado. Da barbárie, dos livros e das profundezas da História da humanidade. Não. Estão presentes e a televisão colabora nos colocando, não como espectadores dos circos da maldade, mas como figurantes impotentes, inermes, imunes fisicamente, no meio das arenas encharcadas de sangue. Kosovo, sérvios, albaneses, ETA, bascos, Irlanda do Norte, IRA, palestinos, judeus, chechenos.

No Brasil, temos a intolerância das torcidas organizadas, que agridem a pau, até a morte, o admirador da equipe adversária.

Interessante que essa agressividade inexiste quando se trata de um parente ou amigo torcedor de outro time. No máximo, uma gozação diante de uma derrota. O sorriso no lar vira baba de raiva nos estádios e vizinhanças. Matar ou morrer, tanto faz, para vingar a honra dos vencidos em campo, “pobres coitados” que deixarão de somar o “bicho” aos milhões que ganham dos clubes do momento.

Já a intolerância religiosa foi ensaiada, fez passeatas e chutou imagens, mas não deu muito certo neste solo fértil onde vicejou o sincretismo religioso, semeado pelas culturas que aqui aportaram. Quantas famílias se unem a despeito do Deus que adoram. Quantos amigos se abraçam nas comemorações, estudam ou trabalham juntos sem a mínima preocupação com a religião que professam.

A intolerância racial está sendo costurada pelos interesses pessoais e eleitoreiros e por uma ingenuidade e altruísmo, dos que não sentem a intenção de alguns em fomentar mais uma divisão na Unidade Nacional. De uma feita, fermentam a questão das “nações indígenas” — os brasileiros primitivos — e de outra a dos afro-descendentes. Inaceitáveis diante dos séculos de miscigenação.

As cotas para os afro-descendentes é uma “genial” descoberta, como se fosse fácil encontrar um critério justo para definir quem o é, dentre os brasileiros, para atender àqueles que pretendem impor suas condições à sociedade. A UERJ pôs à disposição do candidato definir a própria cor da pele. A UNB exige fotografia e submete a uma comissão determinar pela aparência os caracteres de afro-descendente do candidato, o que fatalmente conduzirá a erros. Manifestações e ações judiciais proliferam. Alguns, com essas características e já matriculados, não querem carregar um rótulo de inferioridade, pois lhes ferem os brios. Outros que se preparam para o concurso, também não admitem. Não há unanimidade; existem os favoráveis.

Têm razão os que repelem esse tipo de protecionismo humilhante, pois não concordam com o atestado de inferioridade étnica, até porque são frutos do amor de pais e mães das diferentes origens; quando os olham, sentem orgulho de ambos, sem discriminá-los, nem ordená-los.

Como ficou demonstrado no 46º Congresso Nacional de Genética, estudos indicam que 45 milhões de brasileiros têm herança genética dos silvícolas e que praticamente não há afro-descendentes sem miscigenação no Brasil. Assim, raramente algum brasileiro, com raízes profundas, poderá dizer: “Sou 100% branco” ou “Sou 100% negro”, mas todos podem escrever nas suas camisetas: “Sou 100% brasileiro”.

Ora, as ações judiciais, inicialmente voltadas para as vagas nas universidades, passam a confrontar gente de tez mais clara e mais escura, produzindo uma dicotomia negativa, incentivando a intolerância racial, aquela tratada no início deste texto, que abominamos, além de passarmos a ter cidadãos de primeira e segunda classe. Inadmissível entre brasileiros.

Já a UFRJ dá um passo adiante, quando está pretendendo criar cotas para gente pobre advinda das escolas públicas, onde estão os brasileiros de todas as origens. Ser pobre é uma condição de inferioridade econômica, mas não de etnia. Apoio ao ensino e criação de emprego farão melhorar a mobilidade social.

Outros tentaram demonstrar superioridade racial e não deu certo.

Ernesto Caruso é Coronel Reformado do EB. Este segundo artigo, “Cotas Humilhantes”, foi publicado no jornal O Farol, em abril/2004.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Maluf continua na lista da Interpol

 

Se condenado, político pode pegar 25 anos de prisão nos EUA

26 de abril de 2012 | 22h 42

Fausto Macedo - O Estado de S.Paulo
A Procuradoria-Geral de Nova York ganhou ação proposta pelo deputado Paulo Maluf (PP-SP) e seu filho, Flávio, que pediam a retirada do nome de ambos do alerta vermelho da Interpol (Polícia Internacional) - índex dos mais procurados em todo o mundo.
Procurado. Se Maluf deixar País pode ser preso e extraditado - Reprodução
 
Procurado. 
Se Maluf deixar País pode ser preso e extraditado
Em decisão assinada na terça-feira, a juíza Marcy Friedman, da Suprema Corte de Justiça do Estado de NY, rechaçou a argumentação dos advogados de Maluf e indeferiu o pedido do ex-prefeito de São Paulo (1993-1996).
A defesa queria, além do arquivamento de ação contra os Maluf por suposto envio de US$ 11,6 milhões para conta bancária nos EUA, o afastamento do promotor americano que os incluiu na lista da Interpol.
A juíza recusou arquivamento sob argumento de que os acusados não provaram suas alegações. A procuradoria de NY sustenta que recursos controlados pelos Maluf migraram para a Ilha de Jersey. A investigação mostra que parcela do dinheiro foi usada com despesas pessoais do ex-prefeito. A procuradoria o acusa por lavagem de dinheiro. Se condenado, Maluf pode pegar 25 anos de prisão nos EUA. Por sua assessoria, Maluf declarou. "Não tenho e nunca tive conta no exterior." Segundo o promotor de Justiça de São Paulo, Silvio Marques, "caso o ex-prefeito e o filho saiam do Brasil poderão ser presos e extraditados para os Estados Unidos".

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,maluf-continua-na-lista-da-interpol,865826,0.htm

O Brasil em decomposição



 Artigo no Alerta Total – http://www.alertatotal.net Por Humberto de Luna Freire Filho

 Há poucos dias em algumas cidades do Brasil vimos manifestações de protesto contra a corrupção e também contra o muito suspeito desinteresse do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje infelizmente nas mãos de chefe de quadrilha, para julgar o mensalão. Brasília, cidade foco e sede de comando da podridão nacional, conseguiu reunir mais ou menos três mil verdadeiros brasileiros. Sem dúvidas uma minoria, mas representativa da cidadania há muito em baixa na republiqueta. Ficaram de fora, como era de se esperar, os estudantes comprometidos com a vergonhosa União Nacional dos Estudante (UNE), comprada há três anos pelo bando do governo por quarenta milhões de reais; os movimentos sociais, hoje todos a soldo do governo; os bolsa-família, fonte indispensável de votos; o Movimento dos Sem Terras(MST), verdadeiros bandidos subsidiados pelo governo para desrespeitar o direito de propriedade; e os bolsa-ditadura, gigolôs do erário que outrora investiram no "patriotismo financeiro". Em São Paulo, maior e mais populosa cidade do País, a presença de manifestantes foi ainda menor e como se não bastasse ainda contou com a "ajuda" da Policia Militar do genérico oposicionista governador do Estado atirando bombas de efeito moral contra os cidadãos. Para que a sociedade esclarecida possa melhor traçar um quadro futurista para o nosso país e com pouca margem de erro, lembro a todos que os Gay e Lésbicas, com ostensivo apoio do prefeito, todos os anos entopem a Av. Paulista com dois milhões e quinhentos mil manifestantes defendendo as práticas de sodomia e cunilingus. Os evangélicos, incluindo a corrente monetarista do picareta Edir Macedo, levam ao Vale do Anhangabaú dois milhões de inocentes úteis que acreditam piamente que seus sacrificados dízimos, com o aval de trambiqueiros travestidos de pastores, os levarão ao reino de Deus. No Rio de Janeiro, as rua de Ipanema são tomadas por drogados fazendo apologia ao uso da erva com a chancela da mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF), a garantia da polícia e o estímulo de um drogado guerrilheiro ex-ministro do meio ambiente. Os campos de futebol enchem nos fins de semana com ingressos pagos por uma população na maioria composta de alienados, convocados por uma imprensa que vive das mentiras do futebol, de intrigas, e da comissão paga pela venda de muitos pernas de pau para clubes europeus depois de endeusados com recursos da computação gráfica. Imprensa essa dita esportiva, mas que só comenta futebol, tomando as ondas de rádio por horas e horas com uma discussão inútil e estéril a respeito de um futebol que já foi sério, mas que hoje representa a banda podre do esporte nacional, onde jogadores frequentam mais delegacias de polícia do que o campo de jogo. Tudo isso somado, pariu um Ricardo Teixeira. O pão e circo continuam nos sambódromos das duas maiores cidades do país, que apresentam desfiles com a descaracterização dos enredos, que antes traduziam a história do país e que hoje não passam de propaganda política de baixo nível e credibilidade, porque foram postos à venda por diretores das agremiações carnavalescas e comprados por partidos políticos e ou grupelhos de puxas-saco com a finalidade de enaltecer, a custo de dinheiro público, políticos que compõem a mega quadrilha que nos governa há nove anos e meio. A nível da administração pública federal, vimos no primeiro ano de governo da criatura, oito ratos de esgoto, que ocupavam o cargo de ministro, serem decapitados pela imprensa livre após a constatação de que roubavam o erário. No entanto, outras nulidades oficiais permanecem em seus cargos a despeito das idiotices pronunciadas em público tanto no Brasil como no exterior. A nossa constituição garante a todo cidadão o direito de livre expressão. Ninguém tem culpa de ter nascido burro, de ser incompetente, sim. Mas, sendo afilhado de padrinho poderoso não morre pagão na república de Macunaíma. Tem emprego garantido no primeiro e segundo escalão, que não dependem de concurso público. Merece destaque entre as toupeiras, uma que ocupa a Secretaria de Políticas para as Mulheres, com status de ministério. Essa declarou ter feito curso na Colômbia, acredito que junto às FARC, de como provocar aborto, segundo ela por sucção, quando a mulher usa o próprio dedo, e recomenda tal prática às brasileiras que tiverem uma gravidez "indesejada" e que lhes cause problema psicológico. Assim está criada a psicoterapia do dedo. Sugiro à digna ministra que registre a patente. Fato dessa natureza em um pais sério levaria essa mulher para a cadeia. Uma outra, não criminosa, mas extremamente hipócrita, adepta do faça o que eu digo mas não faça o que eu faço, é a que ocupa a Secretaria de Direitos Humanos. Não tem muito tempo, ela propôs que as prisões militares fossem visitadas por agentes de sua secretaria para detectar indícios de violações. Pago a passagem de ida e volta para essa mulher visitar as masmorras do seu ídolo Fidel Castro, ao invés de visitá-lo com dinheiro público apenas para lamber-lhe as botas. É bem verdade que os currículos desses ministros não oferecem muita credibilidade. A própria presidente certa vez disse que é sem nunca ter sido, mas acreditando no que ela autorizou e diz ser Mestre em Educação e Violência Infantil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, espero que faça um pronunciamento oficial sobre a violência sofrida por menores de 14 anos cometidas recentemente por um diplomata do Irã. Vai ter coragem, ministra? O "cientista", ex-ministro da Ciência e Tecnologia, atualmente ministro da Cultura em substituição a outra cavalgadura que pretende ser prefeito da maior cidade do Brasil, acabou de nos envergonhar no exterior com pronunciamentos mentirosos a respeito de um intercâmbio entre o Massachusettes Institute of Techonology segundo os quais a Universidade americana abriria uma "filial" no Brasil. Fato prontamente desmentido com o picareta ainda em terras Yanques. Não poderia ficar no esquecimento, o pescador de almas que de repente virou pescador de piabas, mas confessou publicamente não saber colocar a minhoca no anzol, mas foi prontamente avisado por uma sua antecessora, no momento pescando em outra praia federal, que há no Ministério 28 lanchas que poderão ser utilizadas para "robalo" em águas profundas com o auxílio de uma equipe experiente e bem treinada, montada por ela e com a bênção do partido. Esse é o perfil do Brasil de hoje, entregue em 2002 a Luiz Inácio Lula da Silva por um descuido da sociedade esclarecida ao qual somou-se o voto de um eleitorado formado por um pobre, inculto e manipulável substrato eleitoral, e mantido no cargo em 2006 por conta de dois estelionatos eleitorais. Um recebeu o nome de bolsa-família e é tido pelos menos avisados como sendo um programa governamental de inclusão social. O outro chamado de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que até hoje só acelerou a conta corrente dos bandidos que fazem parte dessa mega quadrilha que nos governa. Resumindo, no final de 8 anos temos socialmente um país segregado, onde as minorias querem impor normas e condutas para a maioria. Politicamente dividido em capitanias hereditárias onde imperam políticos corruptos, principalmente no Nordeste do país. Oligarcas acostumados a incorporarem a seu patrimônio o bem público, continuam agindo livremente em troca de favores ao governo. Geograficamente com suas fronteiras Norte desguarnecidas e apagadas por conta de um tratado internacional, assinado por um analfabeto assessorado por um esquerdopata ministro das relações exteriores, que desconhecia a malignidade desse acordo, rejeitado por todos os países onde havia pendências jurídicas tramitando em fóruns internacionais relacionadas a causas indígenas. Sem contar que por lá o tráfico de drogas e armas é livre. Acordo do PT com os companheiros das FARC? O sr.Luiz Inácio Lula da Silva literalmente nos lançou em uma mal cheirosa fossa.

 Humberto de Luna Freire Filho é Médico.