Só pessoas totalmente lesadas
das faculdades mentais não entendem que a segurança vem antes da economia. Isso
inclui toda a classe política brasileira, com exceção do Bolsonaro. Eis por que
vou votar nele e aos outros não darei sequer um minuto de atenção.
Quanto mais dinheiro você
ganha, mais complicada se torna a sua vida econômica e mais você precisa de
ajuda profissional para administrá-la. Aí você começa a achar tudo isso a coisa
mais importante do universo. Mas até um mendigo precisa de proteção contra o
crime.
Pensem o que bem desejem do
Jair Bolsonaro, mas contestem, se puderam, as seguintes afirmações:
1 – Ele é um dos RARÍSSIMOS
políticos que jamais se envolveram em qualquer esquema de corrupção.
2 – Ele é o ÚNICO
presidenciável que dá mais ênfase à segurança pública do que à economia, isto
é, o único que tem senso das proporções no julgamento das urgências nacionais.
3 – Ele é o ÚNICO
presidenciável que jamais cortejou a elite esquerdista hegemônica, muito menos
a mídia.
4 – Ele é o ÚNICO
presidenciável que não modera o seu discurso pelos cânones da etiqueta
esquerdista.
Provem que algum outro
candidato tem essas qualidades, e talvez eu o considere um concorrente à altura
do Bolsonaro.
Nenhum político, empresário ou
figurão qualquer que empregue seguranças armados tem o direito de ser
desarmamentista. Isso não deve ser nem matéria de discussão.
Façam uma lista de figurões
desarmamentistas que têm seguranças armados, e os denunciem dia e noite, para
que sejam vaiados onde quer que apareçam. Isso sim é importante.
Desarmamentismo é genocídio.
Conteste isto racionalmente, se
puder: Não estou alinhado a direita nenhuma, mas não mudei em nada a minha
convicção de que, num país saudável, devem existir uma esquerda e uma direita,
ambas com o direito a uma quota igual de radicalismo. Se a esquerda tem o
direito de fazer a apologia do Che Guevara, do Mao Dzedong e do Nicolas
Pauduro, por que alguém deve ser proibido de dizer umas palavrinhas em favor do
Coronel Ustra, que perto deles é um menino-passarinho? Direitista que quer ver
a direita submetida às regras da guerra assimétrica é um comunista disfarçado
ou, na mais branda das hipóteses, um idiota desprezível, um escravo mental da
hegemonia esquerdista.
Quem denuncia “falsas direitas”
se autonomeia fiscal da ortodoxia direitista. Vejo nisso dois problemas: (1)
Essa ortodoxia não existe. (2) Esse é o último emprego que eu desejaria no
mundo.
Quer o chamem de “bolsominion”
por ser eleitor do Bolsonaro, ou de “falso direitista” por preferir outro
candidato, a resposta oficial, nos dois casos, deve ser:
— É o cu da mãe.
O direitista incapaz de
entender o que está realmente em jogo, pronto a submeter-se portanto às regras
da guerra assimétrica, não é um “falso direitista”. É simplesmente um bobo.
Se alguém foi torturado numa
repartição chefiada pelo Coronel Ustra, este é obviamente responsável, na
justiça civil, pelo ressarcimento dos danos sofridos, mas isso não equivale nem
de longe a uma condenação na Justiça Penal por CRIME DE TORTURA.
Chamá-lo de torturador é CRIME
DE CALÚNIA — e ele foi muito bobo de não processar, um por um, os que cometeram
esse crime, que a hegemonia esquerdista acabou legitimando como prática normal
e até meritória. Todo direitista que caia nessa armadilha e saia repetindo que
o Bolsonaro “elogiou um torturador” é um escravo mental da esquerda, um idiota
útil em toda a linha.
Pior ainda: os que receberam a
indenização eram membros do PC do B, o partido maoísta, apologistas portanto do
MAIOR TORTURADOR E GENOCIDA DE TODOS OS TEMPOS.
Mesmo considerando que o
Bolsonaro é incomparavalmente mais culto do que o Lula (ninguém chega a capitão
sem ter cursado escola militar), admitamos a premissa vulgar de que ele não tem
cultura. Segue-se inevitavelmente a pergunta: Se a esquerda tem o direito de
eleger um presidente inculto e ainda considerar isso um mérito, por que a
direita não pode fazer o mesmo? Negá-lo é submeter-se à guerra assimétrica.
O Laudo Paroni tem razão: Com
tantos comunistas barbaramente torturados na ditadura, como é que não apareceu
até agora um único olho furado, um único dedo cortado, uma unha faltante, uma
sequela qualquer nem mesmo de ordem neurológica, uma porra de uma cicatrizinha
de merda?
Possuir armas não é só uma
questão de necessidade, mas de dignidade. Quem se recusa a ter armas transfere
a outros o dever de matar e morrer para defendê-lo. Nem velhinhas frágeis têm o
direito de pensar assim, quanto mais homens adultos e fortes.
A coisa que dá a idéia mais
aproximada do que significa “imensurável” é o ódio que os covardes têm aos
corajosos. A presença de um homem de coragem obriga os outros a agir como se
fossem corajosos também. O covarde jamais perdoará esse crime.
Homem que é homem não fica
suplicando por um macho fardado que o proteja. Quem confia a proteção da sua
família integralmente ao Estado não merece ter família. Não sei qual dos dois é
pior: o Estado que deixa o cidadão desprotegido ou o que o impede de
proteger-se. Mas o Estado brasileiro faz as duas coisas..
Olavo de Carvalho é Jornalista e Filósofo.