Mancada do revisor
Na sua 15ª sessão no Supremo Tribunal Federal do julgamento do Mensalão,
o tempo promete fechar na réplica e tréplica dos ministros Joaquim
Barbosa e Ricardo Lewandowiski sobre a condenação e o perdão ao deputado
federal João Paulo Cunha.
Barbosa vai mostrar que Lewandowski cometeu pelo menos um erro no voto que leu na quinta-feira passada.
O ministro de São Bernaerdo do Campo atribuiu a um ministro do Tribunal
de Contas da União (TCU) uma conclusão que não é dele nem do tribunal,
mas de um personagem que foi alvo de uma auditoria do órgão, o
ex-diretor-geral da Câmara Sérgio Sampaio.
A falha
Na salvação a JP, Lewandowski pregou que o ministro do TCU relator da
apuração sobre o contrato de Valério com a Câmara afirmara que uma
apuração da Secretaria de Controle Interno da Câmara fora "maculada por
vícios que a nulificam (sic)".
O ministro até mencionou a página e o volume do processo do mensalão em que estaria a conclusão do TCU.
Probleminha é que a tal afirmação sobre "mácula", "vícios" e "inimizade"
não partiu do TCU, mas do próprio Sampaio, e Barbosa vai aproveitar a
falha para jogar aquele foguinho amigo no colega de STF.
Amigos para sempre...
A petralhada ficou PT da vida com a revista Época desta semana que
mostrou como é fortíssima a amizade entre o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, e o
ministro do STF e morador do condomínio de alto luxo Swiss Park, naquela
cidade, Ricardo Lewandowiski.
A publicação das Organizações Globo veiculou que “os três – Marinho,
Lewandowski e o próprio Lula – são frequentadores do restaurante São
Judas Tadeu e amigos do dono, Laerte Demarchi, um são-bernardense da
gema”.
Ainda segundo a revista, “Laerte se orgulha de ter assistido, no
estabelecimento famoso pelo frango com polenta, ao nascimento do partido
político que há dez anos governa o Brasil”.
E mais: “Marinho, Lewandowski, Demarchi e Lula pertencem a um mesmo
círculo de amigos – e o relacionamento dos quatro vem se estreitando nos
últimos tempos”.
Aos amigos, um emprego quase vitalício
Época revelou que Lewandowski ingressou na vida pública pelas mãos dos irmãos Demarchi:
“Quando Walter Demarchi, irmão de Laerte, era vice-prefeito de São
Bernardo, entre 1983 e 1988, ele convidou o então advogado a ocupar a
Secretaria de Assuntos Jurídicos. O então prefeito, Aron Galante, mal
conhecia Lewandowski. Ele recorda: “Foi a família Demarchi que indicou o
secretário jurídico. Disseram: ‘Nós temos o Lewandowski’. Eu respondi:
‘Traz ele aqui’. Nem o conhecia direito”.
“A família Demarchi se orgulha de ter sugerido o nome de Lewandowski
quando surgiu uma vaga no Supremo. “O único favor que pedimos ao Lula,
que foi meu irmão Laerte quem pediu, foi para que ele colocasse o
Ricardo como ministro, porque não sei que ministro ia se aposentar (era
Carlos Velloso). O Lula falou: ‘Tudo bem’”, afirmou Walter Demarchi a
ÉPOCA”
Fonte: http://www.alertatotal.net/2012/08/catolicos-lancam-na-internet-campanha.html