quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Humm...onde tem fumaca tem fogo!!!

São Paulo

Irmão de Toffoli é um dos acusados por desvio de R$ 57 mi

Ex-prefeito de Marília, São Paulo, José Ticiano Dias Toffoli (PT) foi denunciado junto com outras quatro pessoas por uso indevido do dinheiro da União

O ex-prefeito de Marília José Ticiano Dias Toffoli (PT)
O ex-prefeito de Marília José Ticiano Dias Toffoli (PT) (Câmara Municipal de Marília/Divulgação)
O Ministério Público Federal denunciou nesta quinta-feira cinco pessoas acusadas de desviar 57 milhões de reais de recursos repassados pela União a áreas de educação e saúde no município de Marília, no interior de São Paulo. Entre os denunciados, está o ex-prefeito da cidade José Ticiano Dias Toffoli (PT), irmão mais velho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Antonio Dias Toffoli.
Segundo a procuradoria, o irmão do ministro movimentou irregularmente 28,8 milhões reais nos dez meses em que ficou à frente da prefeitura, entre 2011 e 2012. Ele era vice do prefeito Mário Bulgareli (PDT), também denunciado na ação, e que renunciou ao cargo após ter o seu nome envolvido em um escândalo de desvio de verbas da merenda escolar.  Em depoimento, José Ticiano Dias Toffoli admitiu o uso indevido do dinheiro, afirmando que quando tomou posse como prefeito havia déficit de cerca de 8 milhões de reais no caixa do município. Segundo o MP,  a dívida foi a explicação dada por Toffoli para dar continuidade às irregularidades praticadas pelo seu antecessor — Bulgareli teria desviado 28,2 milhões de reais.
Além dos prefeitos, foram denunciados os ex-secretários da Fazenda da cidade Nelson Virgílio Grancieri, Adélson Lélis da Silva e Gabriel Silva Ribeiro, que foram apontados como os operadores do esquema. O delito consistia em desviar dinheiro endereçado ao Fundo Municipal de Saúde e atividades escolares para pagar a folha de pagamento dos funcionários da prefeitura e outros gastos da máquina pública.
Autor da denúncia, o procurador da República Jefferson Aparecido Dias pediu na ação a condenação dos cinco acusados por crime de responsabilidade, que prevê pena de três meses a três anos de prisão para os gestores que usam indevidamente a verba pública. O procurador também requisitou que a Justiça os obrigue um total de 33,2 milhões de reais, referente ao montante de recursos retirados das contas sem a devida devolução.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/irmao-de-toffoli-e-um-dos-acusados-por-desvio-de-r-57-mi

sábado, 15 de novembro de 2014

Lula e Dilma sempre souberam


14 Novembro 2014 | 02h 05

Em janeiro de 2010, quando ocupava a Presidência da República e Dilma Rousseff era ministra-chefe da Casa Civil, Lula vetou os dispositivos da lei orçamentária aprovada pelo Congresso que bloqueavam o pagamento de despesas de contratos da Petrobrás consideradas superfaturadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Lula sabia exatamente o que estava fazendo, tanto que se empenhou em justificar longamente sua decisão, na mensagem de veto encaminhada ao Congresso. E é impossível que Dilma Rousseff ignorasse o assunto, pois o veto foi encaminhado ao Congresso pela Mensagem n.º 41, de 26/1/2010, da Casa Civil.

Até um cego enxerga que os governos petistas permitiram, quando não estimularam, as irregularidades na Petrobrás. E agora está claro e confirmado que Lula e Dilma não desconheciam o assalto à maior empresa brasileira. Tudo está registrado no Diário Oficial da União.

As evidências são abundantes, resultado do trabalho do TCU, da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal (PF) e também do Congresso Nacional. E agora a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora da Petrobrás, faz um acordo com o Ministério Público de seu país pelo qual pagará US$ 240 milhões em multas e ressarcimentos para evitar processo judicial por corrupção por ter feito "pagamentos indevidos" para obter contratos no Brasil, na Guiné Equatorial e em Angola. Os pagamentos incluem US$ 139 milhões relativos a contratos com a estatal brasileira. No Brasil, o assunto já é objeto de investigação pela CGU.

Sempre que é questionada sobre os sucessivos escândalos envolvendo a Petrobrás, Dilma alega que os "malfeitos" aparecem porque ela própria "manda investigar", como se o TCU, a CGU e a PF dependessem de ordem direta da Presidência da República para cumprir suas obrigações constitucionais. Ao contrário de "mandar" investigar, o governo tem feito o contrário, tentando, por exemplo, esvaziar o trabalho das duas comissões de inquérito do Congresso ou vetando medidas profiláticas como as sugeridas pelo TCU.

O vínculo do PT com a corrupção na gestão da coisa pública não se explica apenas pela vocação de notórios larápios, mas principalmente pela marota convicção de que, num ambiente dominado pelos famosos "300 picaretas", é indispensável dispor sempre de "algum" para ajeitar as coisas. Em outras palavras: a governabilidade exige engrenagens bem azeitadas.

Pois foi exatamente com esse espírito que Lula, com o óbvio conhecimento de Dilma, ignorou solenemente o acórdão do TCU que apontava graves irregularidades em obras da Petrobrás e vetou os dispositivos da lei orçamentária que, acatando a recomendação do Tribunal de Contas, impediam os repasses considerados superfaturados. Só com isso, Lula permitiu a liberação de R$ 13,1 bilhões para quatro obras da Petrobrás, dos quais R$ 6,1 bilhões eram destinados à construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Ao vetar, "por contrariedade ao interesse público", os dispositivos da lei de meios que coibiam a bandalheira, Lula argumentou que a aceitação das recomendações do TCU sobre as quatro obras implicaria "a paralisação delas, com prejuízo imediato de aproximadamente 25 mil empregos e custos mensais da ordem de R$ 268 milhões, além de outros decorrentes da desmobilização e da degradação de trabalhos já realizados". Ou seja, a corrupção embutida nos contratos da Petrobrás, comprovada pelo TCU, seria um mal menor. Perfeitamente aceitável para quem acredita e apregoa que "excessos de moralismo" são coisas de "udenistas" e "burgueses reacionários".

Mesmo se admitindo - só para argumentar e na mais indulgente das hipóteses - que o veto de Lula, afinal, tenha beneficiado o interesse público, é o caso de perguntar: o que foi feito, daí para a frente, para coibir os notórios "malfeitos" na Petrobrás? Os operadores da bandalheira permaneceram rigorosamente intocados, enriquecendo e distribuindo o dinheiro da Petrobrás para políticos amigos até o fim do mandato de Lula.

Depois de assumir o governo, Dilma jamais deu importância ao assunto publicamente, limitando-se a garantir que "mandou apurar" tudo.

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,lula-e-dilma-sempre-souberam-imp-,1592620

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Fumaca preta...

Quatro dias após a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o PSDB entrou nesta quinta-feira (30) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com um pedido de auditoria especial no resultado das eleições.
A ação, assinada pelo coordenador Jurídico Nacional do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), pede que seja autorizada a criação de uma comissão formada por técnicos indicados pelos partidos políticos para a fiscalização dos sistemas de todo o processo eleitoral.
O PSDB argumenta que não coloca em dúvida a lisura da apuração e o trabalho do TSE, mas justifica que, depois de anunciada a vitória da petista, surgiu, especialmente nas redes sociais, uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira.
Sampaio afirmou que não se trata de recontagem dos votos, mas de uma medida para evitar que teorias de que houve fraude no processo continuem sendo alimentadas e colocando em xeque a postura adequada da Justiça Eleitoral.
Nas redes sociais os cidadãos brasileiros vêm expressando, de forma clara e objetiva, a descrença quanto à confiabilidade da apuração dos votos e a infalibilidade da urna eletrônica, baseando-se em denúncias das mais variadas ordens, que se multiplicaram após o encerramento do processo de votação, colocando em dúvida desde o processo de votação até a totalização do resultado, diz o texto.
No documento, o tucano alega que a diferença entre três horas entre o encerramento da votação no Acre e os demais Estados que seguem o horário de Brasília e a margem apertada de diferença são elementos que acabaram por fomentar, ainda mais, as desconfianças que imperam no seio da sociedade brasileira.
A ação afirma que o intuito da auditoria é dissipar quaisquer dúvidas sobre a intervenção de terceiros na regularidade do processo de votação e apuração dos votos
O PSDB aponta ao TSE que as suspeitas ganharam tanta dimensão, que até uma petição virtual para exigir uma conferência do resultado está disponível na internet, com 60 mil assinaturas.
É justamente com o objetivo de não permitir que a credibilidade do processo eleitoral seja colocada em dúvida pelo cidadão brasileiro que nos dirigimos neste momento à presença de Vossas Excelências para, respeitosamente, requerer que permita a realização de um processo de auditoria nos sistemas de votação e de totalização dos votos, por uma comissão de especialistas formada a partir de representantes indicados pelos partidos políticos, afirma a ação.
O TSE proclamou na terça-feira o resultado parcial das eleições na terça-feira confirmando a reeleição de Dilma. A proclamação oficial ocorrerá após julgamentos de relatórios, feitos por ministros do TSE, sobre as eleições nos Estados. A expectativa é que a proclamação definitiva aconteça na sessão desta quinta-feira (30).
A petista foi reeleita na disputa presidencial mais acirrada da história do Brasil, derrotando Aécio somando 51,64% dos votos válidos (54,5 milhões de votos), ante 48,36% (51 milhões) do tucano.
O PSDB requer a análise de cópia dos boletins de urna de todas as sessões eleitorais do país, documentos, impressos ou manuscritos gerados em todas as sessões eleitorais do país; cópia dos arquivos eletrônicos que compõem a memória de resultados obtidas a partir dos dados fornecidos por cada seção eleitoral; arquivos eletrônicos detalhados, originais e completos, correspondentes à transmissão e ao recebimento de todos os dados de apuração; entre outros.


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/10/1541043-psdb-pede-ao-tse-auditoria-especial-no-resultado-das-eleicoes.shtml

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Ou vai ou racha...

Escândalo na Petrobras atinge centro do poder no DF


Deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato revelou um grande esquema de corrupção envolvendo a principal estatal brasileira, a Petrobras, colocou na berlinda, em pleno período eleitoral, os principais partidos da base governista - PT, PMDB e PP -, respingou na oposição, também suspeita de receber dinheiro desviado, e bateu à porta do Palácio do Planalto nos dias que antecederam a votação deste 2º turno da disputa presidencial.

A terceira etapa das investigações, que começa agora a ser colocada em prática após as delações premiadas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, terá como alvo o centro do poder da República, com estragos políticos ainda imprevisíveis. O primeiro escalão das gestões petistas (2003 a 2014), parlamentares de situação e oposição e ministérios estratégicos, como Minas e Energia, Saúde e Transportes, serão foco da devassa.

A narrativa do escândalo, construída a partir dos depoimentos dos dois principais alvos da operação - Costa e Youssef, que querem reduzir suas penas ao colaborar com a Justiça por meio de delação -, traz ao público um esquema que teria sido criado a partir de 2004 e reforçado no ano seguinte, já sob influência das denúncias do mensalão.

Com a operação do empresário Marcos Valério exposta pelas acusações do ex-presidente do PTB Roberto Jefferson, os parlamentares da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva passaram, segundo os delatores, a mirar os contratos da Petrobrás.

A partilha, segundo os depoimentos do ex-diretor e do doleiro, envolvia propinas para PT, PMDB e PP de até 3% dos grandes contratos fechados pelas empreiteiras com a estatal petrolífera, boa parte deles ligada à construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi apontado como o responsável por operar parte do esquema de arrecadação, que era intermediado com as empreiteiras por Costa, cujo nome foi imposto pelo PP ao governo Lula. Ele ficou na diretoria de Abastecimento de 2004 a 2012.

O dinheiro desviado, contaram os delatores, também foi parar nas contas do PSDB, partido de oposição, e do PSB, que já foi governista e hoje é adversário do PT. Segundo os relatos feitos na delação premiada, os tucanos cobraram R$ 10 milhões, entre 2009 e 2010, para abafar a CPI da Petrobras, aberta no Senado para investigar, entre outras coisas, a obra de Abreu e Lima. A comissão no Congresso, que tinha ampla maioria do governo, acabou sem conclusões.

No caso do PSB, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho é acusado de ter pedido e recebido R$ 20 milhões em 2010 para a campanha de reeleição do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos - morto em um acidente aéreo em agosto, quando era candidato ao Palácio do Planalto. Bezerra é ex-ministro de Integração Nacional do governo Dilma Rousseff, cargo que ocupou de 2011 - quando foi indicado por Campos - a 2013.

A Polícia Federal começou a ter as primeiras pistas de que algo errado ocorria nos grandes contratos da Petrobras em meados do ano passado. Passou a investigar o caso. Foi só a partir da deflagração de prisões de alguns dos envolvidos, neste ano, no entanto, que os policiais federais se deram conta de que estavam diante de algo muito maior.

Agora, os nomes de Lula e Dilma também estão no caso, a partir de revelação feita na sexta-feira, 24, pela revista Veja. Segundo a publicação, Youssef afirmou na delação premiada que a presidente e o ex-presidente sabiam do esquema na Petrobrás. Dilma vê nas denúncias uma forma de "golpismo" e "terrorismo eleitoral". Todos os outros políticos e dirigentes partidários citados pelo doleiro e pelo ex-diretor negam enfaticamente relação com o esquema apontado pelos delatores. Após a votação deste domingo, 26, em um ambiente descontaminado pela disputa eleitoral, a Polícia Federal espera separar o que é fato e o que é só versão.

Gestão

A ironia no caso Petrobras - apontada tanto por aliados do Palácio do Planalto quanto por detratores - é que foi Dilma quem ajudou a levar a estatal para o centro do ringue político em ano eleitoral. No mesmo dia em que a Polícia Federal deflagrava a Operação Lava Jato, em 17 de março, a presidente se debruçava sobre uma questão: como responder ao fato de ter aprovado a malfadada compra da refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006, quando era ministra da Casa Civil de Lula e comandava o Conselho de Administração da estatal. O questionamento havia sido feito pelo jornal O Estado de S. Paulo naquele dia a partir de informações de que Dilma em nenhum momento se opusera ao negócio em sua primeira fase, quando 50% da unidade foi adquirida.

Tratava-se de uma compra polêmica pelo fato de a Astra Oil, antiga proprietária, ter pago valor muito inferior ao que fora desembolsado pela estatal para obter 50% da unidade. A suspeita é de que a Petrobrás havia feito, no mínimo, uma barbeiragem administrativa sob consentimento da então ministra Dilma.

Na resposta enviada ao jornal, a presidente acabou deflagrando uma crise interna na companhia. Afirmou que só apoiara a compra da refinaria porque havia se baseado em um parecer técnico "falho", sem todas as informações necessárias para a concretização da transação. O Tribunal de Contas de União (TCU) apontou prejuízo de US$ 792 milhões na compra da refinaria e responsabilizou a diretoria pelo rombo, isentando o Conselho de Administração. As investigações das autoridades, porém, permanecem em curso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://www.opovo.com.br/app/politica/ae/2014/10/26/noticiaspoliticaae,3337438/escandalo-na-petrobras-atinge-centro-do-poder-no-df.shtml

domingo, 12 de outubro de 2014

Em São Paulo, Dilma foi campeã de votos...

... Nos presídios


Em ao menos um segmento do eleitorado no Estado de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato petista ao governo, Alexandre Padilha, foram campeões de votos: entre os presidiários. Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral, a petista recebeu 51% dos votos válidos (460 votos) contra 9% (81 votos) do tucano Aécio Neves — a candidata derrotada Marina Silva (PSB) teve 22% (203 votos). Para se ter uma ideia, em todo o Estado, Dilma conseguiu 25,82% dos votos (5.927.503 votos), enquanto Aécio angariou 44,22% (10.152.688 votos). Marina ficou com 23,09% (5.761.174 votos). O desempenho petista se manteve na disputa estadual. O candidato derrotado Padilha arrebanhou 42% dos votos válidos (382 votos), ante 13% (118 votos) de Geraldo Alckmin — Paulo Skaf (PMDB) ficou com 16% (150 votos).

O levantamento também mostrou que o ex-palhaço Tiririca foi o candidato a deputado mais votado (333 votos) nos presídios paulistas. Ao todo, 897 presos votaram nessas eleições em quatorze unidades prisionais do Estado. Apenas as prisões que tinham mais de cinquenta eleitores receberam urnas no último domingo.

(Eduardo Gonçalves, de São Paulo) – Veja

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Mau carater...PULHA!!!



Lula diz que foi 'trucidado' por oito anos pela imprensa


A militantes em comício na cidade de Diadema, ex-presidente critica cobertura jornalística e se diz vítima do ódio da elite

"Aqui no Brasil, quando uma pessoa que não faz parte da elite chega ao governo, normalmente, é trucidado pela imprensa", afirmou o ex-presidente

Diadema - No último dia permitido para a realização de comícios, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu a cidade de Diadema, no Grande ABC (SP), reduto tradicional petista, para fazer duras críticas à imprensa e dizer que é vítima do ódio da elite. O petista afirmou ainda ter sido "trucidado" pela imprensa durante os oito anos em que esteve à frente do Palácio do Planalto.

"Não existe liberdade de imprensa. Existe uma doutrina de nove famílias que dominam a comunicação nesse país, que determina quem é o inimigo, quem é bom e quem é ruim neste país, o que vai mostrar e o que não vai mostrar", disse ele, em ato pela candidatura do candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha.

Em um discurso de cerca de 18 minutos dirigido à militância, Lula dedicou metade do tempo para criticar os meios de comunicação, que seriam, segundo ele, responsáveis por uma perseguição "descomunal" contra o PT. Em cima de um carro de som, na praça central da cidade, o ex-presidente citou dados do estudo feito por uma Universidade do Estado do Rio de Janeiro que compara a tendência das manchetes e as chamadas das notícias dos principais veículos de comunicação do país - os jornais Estado, Folha de S.Paulo e O Globo, além do Jornal Nacional, da rede Globo - de reportagens positivas e negativas sobre os três principais candidatos à presidência, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Segundo os dados citados em voz alta pelo ex-presidente, os veículos publicaram mais reportagens negativas contra Dilma e positivas sobre Marina. "Estou contando isso para que as pessoas saibam que a perseguição ao PT é um negócio descomunal", disse.

Lula disse imaginar que "ódio" era contra ele, pelo fato de ser analfabeto e ter chegado à Presidência, mas afirmou que com a presidente é pior por ser um preconceito contra a mulher. "Dilma é letrada. É formada em Economia na Unicamp, tem mestrado na Unicamp. então eles não poderiam ter da Dilma o ódio que tinham do analfabeto". "Contra a Dilma eles são muito mais violentos. É o preconceito contra mulher."

Ao comentar que todos aqueles que não eram da elite e chegam à Presidência são "trucidados" pela imprensa, Lula se comparou a ex-presidentes, como Getúlio Vargas e João Goulart. "Aqui no Brasil, quando uma pessoa que não faz parte da elite chega ao governo, normalmente, é trucidado pela imprensa. Eu fui durante oito anos, Getúlio foi, Juscelino foi, João Goulart foi".

Lula percorreu as ruas do comércio de Diadema em carro aberto ao lado de Padilha. Em frente a uma Unidade Básica de Saúde, o ex-presidente, num discurso que durou por cerca de oito minutos, disse que o PT tem defeitos como qualquer família. "O PT tem defeito? Tem. É como na casa da gente a gente tem três, quatro filhos e nem todos são iguais, tem um que é bonzinho, tem um que é mais capetinha". Sem citar nominalmente o caso do mensalão, Lula convocou a militância a não perder o orgulho do partido. "Aqueles no PT que erraram nós mesmos punimos", disse.


http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,lula-diz-que-foi-trucidado-por-oito-anos-pela-imprensa,1569762

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Stanislaw Ponte Preta...vive

Por Jacornélio M. Gonzaga

Como vocês devem se lembrar, desgostoso da vida e da política brasiliana, refugiei-me em Mumbai, Índia, a fim de dar continuidade aos meus estudos de Sânscrito. Já me encontro nesta terra há trinta dias, sentindo falta do feijão preto, da batata frita e do bife (carne de vaca impura) acebolado.

Meditava sobre essas saudades, degustando um legítimo “Café do Brazil”, no Leopold Café, bar / restaurante grande e popular, situado em Colaba Causeway, bem em frente à Delegacia local, quando reparei num indivíduo barbudo, vestindo um hábito marrom, que conversava com o garçom que me atendia. Eu estava com a nítida impressão de ter visto uma estrela vermelha na gola da roupa daquele homem, que mais parecia um terrorista religioso, do que um Frei Franciscano. Apavorei-me, pois lembrei-me que, em 26 de novembro de 2008, naquele local, teve início o terrível ataque perpetrado por extremistas, que além de pulverizar o Leopold Café, causou uma quantidade enorme de vítimas (195 mortos) e destruiu grande parte do Taj Hotel, local onde estou hospedado.

De imediato, chamei o garçom e pedi a conta. Para minha surpresa ele me informou que o “frei” havia pagado meu lanchinho da tarde. Procurei o cidadão no recinto para saber o “que coisa é essa?” e ele havia sumido.

Chegando ao Taj, minha primeira preocupação foi saber se havia algum recado para mim.

Surpresa!!!!!!!!!!

Havia um convite formal da Comissão Nacional da verdade me convidando para realizar um depoimento sobre minhas atividades na época da ditamole. Pensei, são uns brincantes! Será que acham que vou interromper meus estudos para enxugar gelo, fazendo parte do circo que a eles garante o brioche de cada dia?

Decidido a nem responder ao “convite”, subi aos meus aposentos, tomei um bom banho, vesti-me com um traje formal e, como se aproximava das vinte horas, dirigi-me ao The Zodiac Grill, localizado no Lobby do Taj. Sentei-me, ia chamar o garçom e, qual não é minha outra surpresa, o tal “frei”, de pé à minha frente, descaradamente pedia para sentar-se à minha mesa. Não houve tempo nem para responder negativamente. O espaçoso puxou a fina e confortável cadeira e refestelou-se, indo direto ao assunto, que passo a resumir:

- Sr Jacornélio, estamos cooptando alguns bons e arrependidos brasileiros que militaram na repressão e oferecendo a eles uma irrisória compensação pecuniária. Já conversamos com vários, dentre eles, o Dr Cláudio Antônio Guerra e o TC Paulo Malhães (Dr Pablo). Dependendo do caso de necessidade do contrito, por exemplo: se ele for viúvo, solteiro, militar, com fama de maluco, em adiantado estado de putrefação mental, etc, a ajuda pode superar os cem mil reais.

- No seu caso, um bom brasileiro que militou tanto nos porões aquáticos, quanto nos terrestres, com várias incursões aéreas, estamos dispostos a assumir suas despesas no Taj Hotel, dando-lhe como cortesia uma passagem de primeira classe até o Aeroporto do Galeão e uma ajuda de custos de cem mil reais, a mesma recebida por alguns de seus antigos chefes.

Todo homem tem seu preço e aquele “frei” estava me tentando. Era a minha oportunidade de acertar as finanças, desequilibradas desde a minha saída da direção-geral do FUNPAPOL (Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos). Sem delongas, aceitei e, dias depois, aportei no Galeão, sentindo-me um verdadeiro exilado anistiado, que voltava à terrinha. O mais comovente foi ser saudado pelo Samba do Avião, de autoria de Dilma Rousseff, ícone do retorno à pátria-mãe.

No dia e hora marcados, lá estava eu, vestindo a minha camisa do Flamengo, para ser interrogado por aquele isento “tribunal”. Reparei que Pedro Bohomoletz de Abreu Dallari, Gilson Langaro Dipp, José Paulo Cavalcanti Filho e José Carlos Dias estavam com camisas do Vasco e que Rosa Maria Cardoso da Cunha, Maria Rita Kehl e Paulo Sérgio Pinheiro estavam com as do Fluminense (com muito pó-de-arroz). Simples coincidência, pensei! Nada a temer, afinal, eles estão à cata da verdade.

Deu-se início ao ritual de qualificação: Nome: Jacornélio Manso Gonzaga, Nascido na cidade de Fortaleza/CE, em tanto do tanto de mil novecentos e tanto. Residente à Rua Arthur Barbosa, 668 - Bairro Caxambu – Petrópolis/RJ. Profissão: fitoterapeuta, especializado em cannabis sativa, formado pela Faculdade Alternativa da Universidade Federal de Santa Catarina; maquiador de pesquisas diversas, formado pelo IBOPE; doutor e professor titular de Ciência Politicamente Correta da Universidade de São Paulo. Codinome utilizado nos porões: Dr Cornélio.
P: Em quais órgãos da repressão o senhor “trabalhou”, Dr Cornélio?

R: No Rio de Janeiro: Destacamento de Operações de Informações do I Exército (DOI/I Ex); 1ª Companhia de Polícia do Exército da Vila Militar; Base Naval da Ilha das Flores;e, Base Aérea do Galeão. Em São Paulo: OBAN e Destacamento de Operações de Informações do II Exército (DOI/II Ex). No Recife: Destacamento de Operações de Informações do IV Exército (DOI/IV Ex); e, em Belo Horizonte: no Quartel do 12º Regimento de Infantaria do Exército.

P: O probo, íntegro e reto Governador de Sergipe, Jackson Barreto (PDT, PMDB, PSDB, PMN, PTB, PMDB – de novo), que responde a cinco ações penais, incluindo peculato e crime contra a administração em geral; que foi impugnado pelo ministério público, com base na Lei da Ficha Limpa; que, em 2009, apresentou uma PEC que previa a possibilidade de duas reeleições para membros do Executivo, a fim de permitir que Ignácio pudesse concorrer a um terceiro mandato; e, que foi eleito como o quarto maior ficha suja do Brasil pelo programa CQC da rede Bandeirantes, solicitou a esta Comissão que investigasse também o quartel do 28º BC, pois há relatos de estupro e um preso que ficou cego em razão do uso de uma venda de borracha. O que o Sr tem a relatar sobre o fato?

R: Nunca usei essas coisas de borracha. Aliás, sempre pensei que esses emborrachados, embora vedassem, não fossem colocados nos olhos da cara.

P: Além da Casa do terror, em Petrópolis, o Sr tem conhecimento de outros endereços clandestinos de prática de tortura?

R: Sim, três: um em São Paulo (capital), situado na Rua Abolição, 297, Bela Vista (#); outro, na cidade do Rio de Janeiro, à Rua do Carmo, 38 - 3º andar – Centro (#); e, um dos mais atuantes, sito à Rua Antonio Cardoso Franco , 501 , Bairro Casa Branca, Santo André/SP (#), por onde passou um certo Prefeito da cidade. Inclusive, lá prestei assessoria aos agentes residentes, no período de 1º de dezembro de 2001 a 18 de janeiro de 2002.
(#)Diretórios do PT

Por favor, Dr Cornélio, limite-se ao período de investigação compreendido por esta Comissão. Caso Celso Daniel (16/04/1951 – 18/01/2002) não é alvo de apuração.

P: O Sr é acusado de usar a “roda de despedaçamento”, o “tubo de crocodilo” e a “manivela intestinal” quando do interrogatório, na OBAN, do combatente da liberdade: Diógenes José Carvalho de Oliveira. Procede?

R: Não é verdade. O que eu fiz, na realidade, foi uma entrevista com o Diógenes, também conhecido à época pelos codinomes de “Leandro", "Leonardo", "Luiz" e "Pedro". Posteriormente, foi alcunhado de Diógenes do PT, quando, dizendo falar em nome do governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, solicitou que o então chefe da Polícia Civil, delegado Luiz Fernando Tubino, "aliviasse" a repressão aos bicheiros.

Grande sujeito, arrependido, confessou-me que, em 1964, por insistência de Brizola, foi fazer um curso de guerrilha em Cuba, onde ficou um ano, tendo se “formado” como especialista em explosivos.

Contra sua vontade, mas em nome da causa, foi obrigado, na madrugada de 20 de março de 1968, a deixar uma bomba-relógio na biblioteca da USIS, no consulado dos EUA, localizado no térreo do Conjunto Nacional da Avenida Paulista. Segundo ele, três estudantes que deviam estar gazeteando aula, foram feridos: Edmundo Ribeiro de Mendonça Neto, Vitor Fernando Sicurella Varella e Orlando Lovecchio Filho, que perdeu o terço inferior da perna esquerda.

Sem sono e nada adepto da leitura de jornais, na madrugada de 20 de abril de 1968, Diógenes deixou mais uma bomba, desta vez nas instalações do "O Estado de São Paulo". Mais três inocentes feridos.

Sofrendo de uma inexplicável dor de barriga e precisando de atendimento médico, o interrogado fardou-se de tenente e foi ao Hospital do Exército em São Paulo, em 22 de junho de 1968. Irritado com a demora do atendimento espinafrou o pessoal (sujou as calças por três vezes), mandou chamar o médico-de-dia e, preocupado com a reação dos enfermeiros, determinou a seus acompanhantes - 10 militantes da VPR – que tomassem os nove FAL, três sabres e 15 cartuchos 7,62 mm da aguerrida, letal e preparadíssima guarda daquele nosocômio.

Quatro dias depois, 26 de junho de 1968, o perseguido, ainda agastado com o mau atendimento do Hospital Militar, resolveu queixar-se diretamente ao Comandante do II Exército. Para não chegar atrasado, foi de madrugada ao Quartel-General do Ibirapuera. Chegando próximo ao aquartelamento, o carro-bomba que dirigia, perdeu o controle, parece que foi o “burrinho de freio” que deu problema. Mais uma explosão, que, desta feita, matou uma das sentinelas, o soldado Mario Kosel Filho, e feriu mais seis militares.

Viver na clandestinidade é um trabalho pouco remunerado e, em 1º de agosto de 1968, nosso amigo “completamente duro”, assaltou a módica quantia de NCr$ 46 mil do Banco Mercantil de São Paulo, Agência Itaim, na capital paulista.

Em 20 de setembro de 1968, participou do assalto ao quartel da Força Pública, no Barro Branco. Na ocasião, uma “bala perdida” matou o soldado Antonio Carlos Jeffery, que estava de serviço.

Diógenes, no dia da criança do ano de 1968, resolveu comemorar a data com a esposa e os filhos do Capitão Chandler, do Exército dos EUA, que fazia um Curso de Sociologia e Política na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. Esperou o militar tirar o carro da garagem e descarregou para o alto os seis tiros de seu revólver Taurus calibre.38. Infelizmente o cano estava torto e o capitão foi atingido pelos seis disparos, “justiçado” na frente de sua família.

“Didi” continuou, em São Paulo, seu profícuo trabalho pela democracia, realizando, em 27 de outubro de 1968, um atentado a bomba contra a loja Sears da Água Branca; em 06 de dezembro de 1968, um assalto à agência do Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) da Rua Iguatemi, levando NCr$ 80 mil e ferindo, a coronhadas, o civil José Bonifácio Guercio; em 11 de dezembro de 1968, outro assalto - Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, de onde foram roubadas cerca de meia centena de armas, além de munição - para variar, um civil, Bonifácio Signori, que não tinha nada a ver com a situação, foi ferido a tiros; e, em 24 de janeiro de 1969, coordenou o roubo de armas e munição no 4º RI, Quitaúna.

Diógenes foi preso, em 02 de março de 1969, na Praça da Árvore, em Vila Mariana, São Paulo capital e, um ano depois, em 14 de março de 1970, foi um dos cinco militantes comunistas banidos para o México, em troca da vida do cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi. Pelo democrático trabalho realizado, Didi foi anistiado e indenizado.

Quinze terroristas da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) e da Resistência Democrática (REDE). participaram do seqüestro. Plínio Petersen Pereira, do MRT, e Denise Peres Crispim, da REDE, nunca foram presos. A CNV tem como ouvi-los, hoje?

Não confundam as redes, a da Marina é REDE de sustentabilidade. É só COINCIDÊNCIA!

P: A CNV tomou conhecimento que, em instalações da Rua Tutóia, o Sr preparou, para ouvir Carlos Eugênio Sarmento Coelho da Paz (“Clemente”), o último dos “comandantes” da Ação Libertadora Nacional, os seguintes instrumentos de entrevista: “Forquilha do Herege”, ”Aranha Espanhola”, “Banco de Tortura”, “Cadeira Inquisitória” e “Cadeira do Dragão”. O que tem de verdade nessa acusação?

R: Nada, pois o “da Paz”, embora se gabe de ter assassinado dez pessoas, inclusive um “capitão que nunca existiu”, nunca foi preso. Hoje ele se vangloria da execução de seus atos e, friamente, justifica as mortes, alegando que “guerra é guerra”. “Clemente” foi autor de vários assaltos a bancos, estabelecimentos comerciais, assassinatos e “justiçamentos” - ou planejamento deles - como o do seu próprio companheiro Márcio Leite Toledo, em 23 de março de 1971 e do presidente da Ultragaz em São Paulo, Henning Albert Boilesen, em 15 de abril de 1971.

Eis aí, senhores membros da CNV, um excelente material para investigação por parte desta egrégia comissão, pois o “da Paz”, que dizia estar combatendo uma ditadura:

- realizou treinamento militar na “demoniacracia” cubana;

- recebeu de um general cubano (fuzilado, posteriormente) uma proposta de envio de médicos, ou melhor, de terroristas para ajudá-lo na derrubada de um Governo constituído e reconhecido por toda a comunidade internacional;

- foi o último comandante da ALN, organização terrorista criada por Carlos Marighella;

- não demonstrou nenhum momento, arrependimento ou lamentou por suas vítimas, demonstrando uma frieza impressionante diante dos crimes que cometeu;

- mentiu, descaradamente, inventando uma fantasiosa e hollydiana ação contra do Gen Humberto de Souza Melo, comandante do então II Exército;

- tem a “cara-de-pau”, como a dos senhores, de cobrar o julgamento daqueles que o combateram; e,

- nunca cumpriu pena por seus crimes assumidos.

Hoje, gozando de generosas indenizações concedidas a título de anistia, “da Paz” vive em paz no Rio de Janeiro. Veja seus depoimentos:
http://www.youtube.com/watch?v=ATte_AsJSL8&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=N6bPoRZBpIs

Sr, Jacornélio, o senhor em vez de esclarecer fatos envolvendo a tortura, fica relembrando somente as ações praticadas pelos combatentes da liberdade, portanto, está encerrado este depoimento.

“Data Vênia”, Sr coordenador! Antes de encerrar, quero que me tirem uma dúvida. Acabei de ler o livro “mulheres que foram a luta”, por que a esmagadora maioria delas é composta por dragões? Tinha a finalidade de espantar a repressão?

Esclarecimentos:

- Este escrito, assinado no dia de São Jorge, o matador de dragões, é uma homenagem a todas as barangas que foram à luta. Salve Jorge!

- A inserção do tal frei barbudo, que coopta Jacornélio, é um preito e um ato de galanteria dirigido ao agente “Barba”, que continua realizando seu trabalho “republicano” de aliciamento, com descaramento total e sem-vergonhice a toda prova. Salve Ignácio!

Jacornélio é mau, despótico e cruel. Sádico, se deleita em ver e fazer os outros sofrerem. Empresário do ramo da inquisição, ascendeu nas últimas décadas à condição de principal fornecedor de instrumentos de tortura para as delegacias de polícia e afins.
Revisão: Paul Essence e Paul Word Spin (in memoriam).
Brasília, 23 de abril de 2014.

e-mail: jacornelio@bol.com.br e jacorneliomg@gmail.com

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

...antes de comer milho cru...aqueca o...coma pipoca!!!

Bismarck, Pedro II e Lula - Gastão Reis Rodrigues Pereira




Karl Popper, um dos maiores pensadores do século 20, em célebre conferência proferida em agosto de 1982, em Alpbach, na Áustria, nos fala de três mundos. O primeiro é o mundo físico, dos corpos e dos estados, eventos e forças físicas. O segundo é o psíquico, das vivências e dos eventos inconscientes. E o terceiro é o que abarca os produtos do espírito humano, tais como livros, sinfonias, esculturas, sapatos, aviões, computadores, etc. Para ele, este último é o que nos diferencia no mundo animal. Só nós, os humanos, conseguimos "verificar nossas próprias teorias quanto à sua verdade por meio de argumentos críticos". Trata-se da nobre função argumentativa da linguagem: cré com cré e lé com lé, na expressão popular.

Quando pensamos em figuras como Bismarck e Pedro II, salta aos olhos o fato de se sentirem inteiramente à vontade neste mundo 3 de Popper, onde impera o registro escrito de ideias e fatos. Quanto a Lula, é evidente a sua falta de familiaridade com tais proezas da mente devidamente treinada, aquela que não sente sono ao ler um bom livro, como já confessou candidamente o próprio ex-presidente.

O que teria, então, Lula a aprender nesse domínio com figuras como o chanceler alemão Otto von Bismarck e o nosso Pedro II, além de compostura e respeito no trato do dinheiro público? Muita coisa. Mas antes cabe mencionar sua desinformação e sua falta de modéstia. É mais que reveladora sua língua solta ao se jactar de ter chegado à Presidência sem estudar. E seu conhecido pouco apetite de ler um livro e aprender com quem sabe mais do que ele até mesmo em benefício próprio, do País e do seu tão caro (caríssimo para nosso bolso!) PT. Apenas pensar dessa forma (iletrada) já seria temeroso, mas dizer isso em público é inaceitável pelo efeito deletério na cabeça da juventude, já tão sem referenciais pelos quais se pautar. Em especial num país que perdeu o rumo em matéria de ética na vida pública. Afinal, que país chegou ao pleno desenvolvimento "pensando" desse modo?

Nessa linha, vem a propósito uma citação de Bismarck: "Com leis ruins e funcionários bons ainda é possível governar. Mas com funcionários ruins as melhores leis não servem para nada". O que Bismarck não previu e Lula implementou, ajudado por Dilma, foi a maquiavélica combinação de leis ruins com funcionários piores ainda. A proposta de emplacar os conselhos populares e os inúmeros cargos comissionados (e como!) por companheiros da pior qualidade exemplificam bem esse estratagema pernicioso. Poderia também ter aprendido com Lincoln a máxima de que ninguém engana todos o tempo todo. A diferença é que o lenhador americano que chegou à Presidência dos EUA nunca se descuidou de se educar e ler muito. E ainda deu uma resposta de imenso significado humano ao senador oposicionista que fez questão de lembrar-lhe, no dia de sua posse, que era filho de um simples sapateiro: "Agradeço, senador, ter me lembrado do meu saudoso pai neste momento. Torço para que eu tenha a mesma competência dele como presidente como ele a teve em seu oficio de sapateiro". Estivesse onde estivesse, o pai de Lincoln muito se orgulharia dessa resposta. Já à dona Lindu, dadas as circunstâncias atuais de grossa bandalheira, restaria enrubescer de vergonha...

No plano institucional da preservação da democracia e da liberdade de pensamento e de expressão (pobre funcionária do Santander!), a visão de Pedro II em relação à imprensa lhe faria muito bem, se tivesse lido um pouco mais. Para Pedro II, a imprensa se combate com a própria imprensa. Ou seja, é o livre trânsito das ideias e da informação que fará a verdade vir à tona. Mais de um século depois, Lula ainda não aprendeu a lição, haja vista as repetidas tentativas, vale reiterar, de aprovar a lei de controle social dos meios de comunicação. Embarcou na canoa furada de que a verdade nada mais é do que a verdade da classe social que está no poder, como propagava Gramsci, o teórico comunista italiano. Lula ainda se vangloria de ter aprendido com Marx, por certo de orelhada, que a luta de classes é o motor da História. Pelo jeito, não se deu conta de todo que é a colaboração inteligente entre classes sociais que leva ao pleno desenvolvimento não só material, como espiritual.

Muito já foi dito sobre a demora de 20 a 30 anos das novas ideias em aportar no Brasil e mesmo na América Latina. Muito mais precisa ser dito sobre a lentidão com que nos livramos das ideias carcomidas do pensamento ideológico, aquelas que tendem a levar países inteiros à bancarrota. Além do que ocorre com a Venezuela e Cuba, outro triste exemplo são as livrarias de Buenos Aires, talvez a única grande capital do mundo onde textos marxistas ainda as inundam. Pelo que se sabe, os argentinos leem mais do que nós, mas estão lendo a coisa errada. Será que tomaram conhecimento da guinada da ex-URSS e da China em direção à economia de mercado?

Bismarck e Pedro II sabiam, como estadistas que eram, que a política e as políticas públicas precisam ser conduzidas com visão de longo prazo. Quando os interesses escusos de curto prazo predominam, é certo que a coisa vai desandar, como está ocorrendo. Basta ler os jornais e as revistas. Ou ir ao supermercado conferir os preços. Forças da sociedade civil organizada, intelectuais, artistas de renome, dentre muitos, vêm, cada vez mais, se afastando do PT. O que restou foi gente condenada pelo mensalão, outros (muitos) encastelados no aparelhamento do Estado e os que não querem ver a malversação atroz do dinheiro público. Lula, Dilma e o PT ficaram tão espertos politicamente que é difícil diferenciá-los dos Sarneys e Malufs da vida. Karl Popper nos alerta que o fundamental é que um mau governo dure pouco. Um regime parlamentarista bem estruturado nos teria livrado dos governos que já acabaram, mas continuam, como o de Dilma, porque o mandato ainda não terminou.

http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,bismarck-pedro-ii-e-lula-

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A Sombra...

Santa Marina Cheia de Graça, santinha do pau oco, os otários estão convosco entre as duas mulheres, garantidos os votos pela tragédia, amém.

Às duas mulheres, atiro uma das mais nocivas pragas judaicas: “—Que cada uma engula a outra e que as duas se engasguem”. Tenho um livro, “As Melhores Pragas Judaicas”, que é uma preciosidade.

Uma das Bruxas de Eastwick, ela disse que “o povo saberá” dissociá-la do PT. É impossível dissociar tal figura do ninho paterno. O petismo é incurável: uma vez petista, petista e pelo resto da vida.

A santinha do pau oco é petista de coração há mais de 30 anos e foi Ministra do Lula da Çilva por 5 anos no auge do Mensalão. Não viu nada, não escutou nada, não abriu o santo biquinho pra nada e fez de conta que não havia o que houve e estava havendo.
Agora, quando seu correligionário Tião Viana despachou uma turma de haitianos pra outros estados, como se fossem lixo humano, ela também não viu nada, não escutou nada, e não abriu o santo biquinho. Não era com ela.

Na eleição presidencial de 2010, teve absurdos e surpreendentes 20 milhões de votos e chegou em 3º lugar.No seu estado, seu reduto eleitoral, perdeu para o Serra e para a Dilma. Os eleitores sabiam de quem se tratava e deram-lhe a merecida surra.
Quando saiu do governo, escreveu uma carta ao Da Çilva, distribuída à imprensa pra que todo mundo soubesse o que estava acontecendo.

A carta está esquecida; Santa Marina está mandando “recados ao Mercado”, tentando acalmar as forças da Economia, do mesmo jeito com que Da Çilva fez na famosa “Carta aos Brasileiros”.

Os barões do capital imediatamente acreditaram, porque queriam acreditar; adotaram Da Çilva como seu amuleto, seu operário “in residence”.

Fizeram alegres e refinadas sessões de charutos importados, talvez os famosos Cohibas cubanos, de 30 dólares cada.

Poucos anos depois, para comprovar que já era um deles, Da Çilva disse a eles que “—Nunca os senhores ganharam tanto como no meu governo”.

Ganharam mesmo, os balanços dos bancos explodiam de alegria. O nosso operário, sabotado pela zelite segundo ele acusava, virou milionário.

Até a Lei de Responsabilidade Fiscal, que o PT foi à Justiça para impedir sua votação e aprovação, a santinha deu a entender que respeitaria. Ela quer enganar milhões de bobos na casca do ovo.

Marina aceitou oficialmente ser a candidata à Presidência da República. Não sei se notaram que no velório de Eduardo Campos, o caixão virou palanque.

Marina recebia os pêsames como a viúva política que era, no lugar da viúva real, Renata, mãe dos 5 filhos do candidato que nos deixou prematuramente e de imediato foi canonizado, até o seu petismo histórico e a nomeação da sua mãe ao TCU foram esquecidos. No seu enterro houve foguetório, onde já se viu.

Estava escrito na sua carta de “despedida” do PT e aqui vale o que estava escrito: “—Saio da nossa casa, mas continuamos no mesmo bairro” (sic).

Pra bom entendedor, um pingo é letra e ela fez uma declaração que não deixa dúvida e então ela me vem e fala dessa “dissociação”. Nem eu nem você somos otários, mas, como todo petista, ela quer é nos fazer de trouxas.

Você está vendo que o meu voto é aberto: Aécio, Serra e Alckmin, não tenho nada a esconder. Apenas quero repartir o que sei e as razões pelas quais estou escrevendo essas recordações.

Se a Marina for para o 2º turno, sabemos que o PSDB tapa o nariz e vai votar nela, para supostamente derrotar Da Çilva ao derrotar Dilma. Puro engano.

Se Aécio for para o 2º turno, eu sei – tenho certeza — que Marina vai descarregar na Dilma os votos que puder, dos que recebeu. Isso está mais do que explicado naquela frase da carta de “despedida” que mandou ao Da Çilva, “—(…) continuamos no mesmo bairro.”(sic).

O recente DataFalha, deu Marina com 21%, Aécio com 20% (como no outro DataFalha) e Dilma, que caiu para 35% mas sua aprovação subiu 6%, vá a gente entender. Num 2º turno, Marina venceria Dilma que venceria Aécio. Mas estou com Carlinhos Sensitivo, que previu que Aécio ganha, apertado mas ganha.

Quem está neste momento escolhendo a Marina, está pensando que ela é ambientalista, que foi pé descalço que venceu a pobreza, que foi aliada do Chico Mendes.

Pode ter sido tudo isso e mais ainda, e a admiro se realmente foi. Mas quem foi, foi; como Eduardo Campos que infelizmente e tragicamente se foi.

Eu, você, todo mundo e a torcida do Flamengo sabemos o que é “santinha do pau oco”. Na minha cidadezinha, “santinha do pau oco” era a menina sapequinha que aprontava muito além da conta; era o sonho de consumo da meninada, mas que não perdia missa e comunhão aos domingos.

Fumava escondida do papai e da mamãe e chupava bala de hortelã pra disfarçar o bafo do cigarro e nas brincadeiras dançantes bebia copinhos de cerveja no toalete com outras amiguinhas, então ditas “da pá-virada”.

Eram as mais populares, os meninos viviam atrás delas; não perdiam dança e iriam às matinês do cinema nos domingo com um bando de meninos sentados atrás e dos lados dela; não enganavam ninguém, só o papai e a mamãe.

Marina é um perigo para a democracia. Eleita, não entraremos numa Era Evangélica. Continuaremos no petismo que cada vez mais se aproxima dos 70 anos do PRI mexicano. Ela precisa ser derrotada, tanto quanto a Dilma e isso só depende de nós: Seu voto sua arma. Atire para matar.

Marina é Lula. No 2º turno, Marina é Dilma. Marina é o Ouro dos Tolos.


Neil Ferreira é Jornalista. Originalmente publicado no Diário do Comércio, de São Paulo.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Quando a LUCIDEZ...tange a LOUCURA...

A Boca que mudou o mundo

Estamos vivendo um suspense histórico, numa situação de trágicos conflitos descentralizados no mundo todo, principalmente no Oriente Médio. Como isso começou? Alguma coisa ou alguém deflagrou este tempo. Na minha opinião foi o George W. Bush, nossa besta do apocalipse.

É impressionante como ninguém fala mais do Bush. Ele é culpado por tudo que acontece no mundo atual e ninguém fala nele. Devia estar preso, como o Mubarak. Bush está pintando quadros em sua fazenda do Texas enquanto o mundo que ele armou se destroça. Bush iniciou uma linha de erros em linha reta para um futuro apavorante.

Tudo começou com a derrota de Al Gore, seu adversário em 2000. Bill Clinton tinha sido humilhado como poucos em 1997, quando teve um caso com Monica Lewinsky, aquela estagiária gorda que morava no edifício Watergate em Washington (agourento lugar, ainda com cheiro de Nixon). Monica fez-lhe um “blow job” na cozinha da Casa Branca, entre pizzas, enquanto a Hillary dormia.

O procurador da república Ken Starr quase levou o Clinton as galés, obrigando-o a mentir na TV, declarando que nunca tinha tido relações sexuais com Monica, pois não considerava aquilo ato sexual. Mas Monica guardara um vestido marcado por esperma do presidente, cujo DNA provava sua atuação. Muito bem. Vexame total para Clinton e quase um impeachment, pois ele tinha mentido, crime inafiançável para americanos hipócritas.

Muito bem, de novo.

Aí, o Al Gore, democrata candidato contra o Bush, ficou com medo de defender o Clinton na campanha, porque podia ser considerado cúmplice de adultério diante até de sua esposa. Gore medrou. Aí, Bush deitou e rolou, além de ter tramado uma roubalheira na votação, principalmente na Flórida por seu irmão Jeb, apoiada pelo Tribunal Supremo, que ignorou a roubalheira. E Bush foi eleito.

Foi o pior presidente americano de todos os tempos, uma espécie de Forrest Gump no poder, ignorante, alcoólatra e mau estudante, coisa de que se orgulhava. Até que um dia, para seu azar e sorte, o Osama Bin Laden derrubou as torres gêmeas no evento mais espantoso do século 21 (até agora...) e deflorou os Estados Unidos, nunca atacados dentro de casa. Não me esqueço da cara do Bush quando lhe contaram no ouvido a tragédia, enquanto ele dava uma palestrinha para meninos de um colégio.

A cara do Bush foi de gesso, paralisada, sem uma rala emoção, sob o olhar das criancinhas em volta. A partir daí, ele ganhou a sorte grande de ser chamado de Presidente de Guerra, o que é um título que justifica tudo, como foi o caso do Truman quando derreteu Hiroshima e Nagasaki às gargalhadas, no show de som e luz para espantar a União Soviética na Guerra Fria. A América queria vingança. E Bush invadiu o Afeganistão atrás do Osama. Em seguida, aconselhado por seu vice-papai Dick Cheney, resolveu mentir que o Iraque tinha que ser conquistado porque teria “armas de destruição em massa”.

Qualquer ser pensante sabia que a invasão do Iraque seria um erro tão grave quanto atacar o México como retaliação ao Japão pelo bombardeio a Pearl Harbour. Assim como usou os aviões para derrubar o WTC, Osama usou o presidente dos USA contra os USA e o mundo. Bush cumpriu todos os desejos de Osama, como um lugar-tenente. Osama morreu, mas sua obra foi bem-sucedida. Ele semeou o terrorismo e Bush legitimou-o para sempre. Bush veio para acabar com todas as conquistas liberais dos anos 60. Só faltava um pretexto; Osama deu-o.

Aí derrubaram o Saddam Hussein, um ditador sunita filho da p*#a, que servia ao menos para segurar o Oriente Médio com sua intrincada geopolítica fanática, sectária e religiosa. Aí, todo o ódio ancestral contra os USA cresceu como nunca. Isso fortaleceu não só a al-Qaeda como seus filhotes, e os homens-bomba floresceram como papoulas, iniciando a série de atentados na Espanha, Inglaterra, Índia, Bali, Boston e outros que vieram e virão.

A América jogou no Iraque dois trilhões de dólares para uma guerra sem vitórias, porque os inimigos eram e são invisíveis e moram fora da História. Mataram milhares de americanos jovens e fortes e arrasaram um país que hoje já é dominado pelo tal do Califado Islâmico, o Isis, perto do qual a al-Qaeda é uma ONG beneficente. Somou-se a essa (perdão...) cagada a crise econômica de 2008, provocada pela desregulação total das finanças de Wall Street por Bush, precedido aliás burramente por Clinton.
Depois começou a era que chamávamos de Primavera Árabe, ridícula ilusão do Ocidente que achou que o mundo árabe estava obcecado pela democracia dos Estados Unidos. Rs rs rs...

Obama conseguiu então matar o Osama, o que o ajudou na reeleição, pela qual devemos agradecer a Deus, pois se fosse o “bushiano” Mitt Romney estaríamos “fucked up”. Mas a morte de Osama no Paquistão indispôs mais ainda o Oriente Médio contra nós e fragilizou muito a liderança dos Estados Unidos como potência. Daí, Irã e bombas atômicas, Egito, Líbia, guerra da Síria contra seu povo, apoiada claro, pela China e, oba!, pela Rússia da KGB. E hoje estamos nessa inana, nessa briga de foice em quarto escuro, estamos no massacre de Gaza por Israel, estamos na alvorada de novos horrores além do Hamas e suas criancinhas-escudo. Ambos querem mostrar ao mundo que são vítimas um do outro; um quer jogar Israel no mar e o outro manter Gaza como um gueto faminto de palestinos.

Se não tivessem invadido o Iraque, o mundo seria outro. A História encontrou em Bush o instrumento ideal para seu desejo de autodestruição (a História quer sossego). Mas o “se” não existe na História. Foi o que foi. A História é intempestiva e ilógica e as tentativas de dominá-la em geral dão em totalitarismo e ditaduras. Talvez eu esteja procurando uma “razão” para o caos atual. Pode ser. Mas creio, assim mesmo, que George W. Bush foi o principal responsável por tudo que nos acontece hoje.
E antes dele, mais atrás, na era Clinton, tivemos o mais devastador “boquete” da história humana. Um boquete que mudou o mundo. E que pode destruí-lo, um dia.


Arnaldo Jabor é Jornalista e Cineasta. Originalmente publicado em O Globo em 12 de agosto de 2014.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão...

Parece piada pronta. Delúbio Soares teve a carteira furtada com R$ 200, dentro da cela na Papuda. Nas vistoria dos agentes apareceu num canto. Mais uma prova de regalia: o condenado deve deixar todos os objetos pessoais na triagem, na entrada da penitenciária.

http://edelsonfreitas.com/portal/noticias/condenado-do-mensalao-teve-carteira-roubada-na-cela/

Para combater...conhecer...

A partir da iniciativa do Congresso Nacional em fevereiro e no decorrer deste ano, estaremos comemorando os vinte anos do exitoso Plano Real, que teve como principal objetivo extirpar a hiperinflação presa a uma armadilha inercial (quando a origem da inflação passa a ser a própria inflação), que por alguns anos corroeu a economia brasileira.

Os contínuos Planos Econômicos Emergenciais (Cruzado, Cruzado II, Bresser, Verão, Brasil Novo ou “Plano Collor”, Collor II) que o precederam, foram basicamente heterodoxos, intercalados por períodos de ortodoxia, todos criados após o fim do Regime Militar e o início da redemocratização do País, por iniciativa de sucessivos governos, o que envolveu um espaço temporal de aproximadamente dez anos.

Durante este período, o Brasil trocou sua moeda cinco vezes, chegando até a cortar três zeros, mas não alcançou o sucesso desejado por vários motivos, principalmente por não existir um ambiente internacional mais favorável. A profundidade do abismo conjuntural econômico agravou-se com os efeitos convulsivos da retroalimentação da inflação, deixando as classes trabalhadoras aterrorizadas com a perda do seu poder de compra.

A sensação que transpirava naquela época é que estávamos dentro de um laboratório de aventuras macroeconômicas, onde as equipes técnicas multidisciplinares faziam suas experiências mirabolantes, desde congelamento de preços até o confisco da poupança, baseando-se em argumentos monetaristas de que a inflação era originada unicamente pelo excedente de moeda na nossa economia, sendo as verdadeiras cobaias a desesperada sociedade brasileira.

O Brasil sofria, com sua economia totalmente enlouquecida após enfrentar uma inflação de 2.477,15% em 1993. Somente no decorrer do mês junho de 94 atingiu 46,58%; a partir daí, quando o Plano Real deslanchou, tivemos uma acentuada queda para 244,86% a.a., ao final do segundo semestre daquele exercício. Estávamos sendo vistos como uma Nação internacionalmente desacreditada, atrasada tecnologicamente, empobrecida e bloqueada para o mundo.

O Plano Real foi lançado em 27 de feveriero de 1994 e, mesmo com todos os problemas enfrentados, algumas medidas liberais foram adotadas. Diversos segmentos da nossa sociedade foram consultados e assim, o Cruzeiro Real foi sepultado, dando lugar ao vigoroso Real em 01 de julho de 1994, através de uma Medida Provisória.

Os fundamentos do plano não se limitavam somente à estabilização econômica, mas traziam com eles uma ampla abertura comercial e financeira, dentro de um programa de privatização de estatais, com um ajuste fiscal, prevendo uma forte redução das funções do Estado na sociedade e buscando também manter os níveis de produção e de emprego.

Lula e o PT, na época, combatiam frontalmente o plano, apontavam que se tratava de um “estelionato eleitoral”, concebido exclusivamente para eleger FHC à Presidência da República, adicionando outras expressões sarcásticas para definir melhor a iniciativa que transformou a nossa economia – “medida de efeito passageiro” e “golpe das elites”. Votaram contra a MP do Real em junho de 1995 e foram além - recorreram ao Supremo com uma ADI (Ação Direita de Inconstitucionalidade) contra o Plano. E, mais, retornaram ao tribunal para tentar derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal. O Real enfrentou também forte oposição do movimento sindical e até mesmo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Lideranças petistas na época, após analisarem o novíssimo Plano Econômico, pronunciaram-se iluminados por uma notável “visão de futuro”:

Lula – Ex-presidente do Brasil
“Esse plano de estabilização não tem nenhuma novidade em relação aos anteriores. Suas medidas refletem as orientações do FMI. O fato é que os trabalhadores terão perdas salariais de no mínimo 30%. Ainda não há clima, hoje, para uma greve geral, mas, quando os trabalhadores perceberem que estão perdendo com o plano, aí sim haverá condições” (Publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 15 de janeiro de 1994).

Guido Mantega – Ministro da Fazenda
“Existem alternativas mais eficientes de combate à inflação. É fácil perceber por que essa estratégia neoliberal de controle da inflação, além de ser burra e ineficiente, é socialmente perversa” (Publicado na Folha de S. Paulo em 16 de agosto de 1994).

Aloizio Mercadante – Ministro-Chefe da Casa Civil
“O Plano Real não vai superar a crise do país. O PT não aderiu ao plano por profundas discordâncias com a concepção neoliberal que o inspira” (Publicado no livro “O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).

Gilberto Carvalho – Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República
“Não é possível que os brasileiros se deixem enganar por esse golpe viciado que as elites aplicam, na forma de um novo plano econômico” (Publicado no livro “O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).

Marco Aurélio Garcia – Assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais
“O Plano Real é como um relógio Rolex, destes que se compra no Paraguai e têm corda para um dia só. A corda poderá durar até o dia 3 de outubro, data do primeiro turno das eleições, ou talvez, se houver segundo turno, até novembro” (Publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 07 de julho de 1994).

Vicentinho - Líder do PT na Câmara dos Deputados
“O Plano Real só traz mais arrocho salarial e desemprego” (Publicado no livro “O Milagre do Real”, de Neuto Fausto de Conto).

Maria da Conceição Tavares – Filiada ao Partido dos Trabalhadores; Ex-deputada Federal pelo Rio de Janeiro
“O Plano Real foi feito para os que têm a riqueza do País, especialmente o sistema financeiro” (Publicado no Jornal da Tarde em 02 de março de 1994).

Paul Singer – Um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores
“Haverá inflação em reais, mesmo que o equilíbrio fiscal esteja assegurado, simplesmente porque as disputas distributivas entre setores empresariais, basicamente sobre juros embutidos em preços pagos a prazo, transmitirão pressões inflacionárias da moeda velha à nova” (Publicado no Jornal do Brasil em 11 de março de 1994).
“O Plano Real é um arrocho salarial imenso, uma perda sensível do poder aquisitivo de quem vive do próprio trabalho” (Publicado no jornal Folha de S.Paulo em 24 de julho de 1994).

Após alguns anos, ficou reconhecido que o Partido dos Trabalhadores foi o que mais se favoreceu com o sucesso do Real, pois quando começou a governar o Brasil, a moeda já se encontrava plenamente consolidada.

O Real é tido hoje, por muitos, como um divisor de águas que estimulou o desenvolvimento econômico e uma melhor distribuição de renda no País, em harmonia com o momento próspero que a economia mundial desfrutou entre os anos de 2003 a 2007. Omitir o progresso que a Nação viveu por alguns anos é tão mesquinho quanto repudiar a expressiva contribuição do Plano Real para a nossa história econômica contemporânea.

Nos últimos quatro anos, a equipe econômica do governo realiza projeções e prognósticos apoiados em malabarismos inconsequentes nas contas públicas internas e externas que distorcem plenamente a nossa realidade. Declarações do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre dados que envolvem a macroeconomia sempre acabam não se realizando, desgastando ainda mais a sua imagem e, consequentemente, contribuindo para aumentar a desmoralização do nosso desgoverno no âmbito empresarial e nos mercados financeiro e de capitais.

Sucessivos erros e equívocos se devem a uma dose considerável de aventuras na condução da política econômica marcada pelo populismo, intervencionismo, contracionismo, confrontacionismo, mascarando resultados, promovendo estímulos artificiais ao consumo, leiloando incentivos, fomentando renúncias fiscais e protelando medidas indispensáveis.

O governo inova com a invenção de uma “nova matriz econômica”,desistindo do “tripé econômico” (formado por meta de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante), sem que nenhuma política coerente seja a substituta, o que deverá requerer um preço alto a ser assumido pelos brasileiros, possivelmente a partir do segundo semestre deste ano.

Decorridos mais de onze anos de gestão petista, os brasileiros voltaram a conviver gradativamente com um ambiente de temor com a escalada inflacionária, com a possibilidade concreta de ser adotado o racionamento de energia, com os protestos nas ruas durante a Copa do Mundo, com os escândalos endêmicos de corrupção vistos em diversos níveis da administração pública, com alguns tentáculos voltados também para interesses inescrupulosos no exterior e, uma grande dúvida íntima crescente, quanto à eventualidade do continuísmo da administração petista à frente dos destinos da Nação. “PT? – FRAUDE EXPLICA”.

É indispensável, o quanto antes, adotar um novo choque sinérgico de confiança e de esperança similar aquele com que o Plano Real contemplou o País há vinte anos, recambiando a inflação ao centro da meta estipulada, promovendo a retomada da agenda das reformas que permanecem engavetadas há mais de uma década, abrindo espaço para que o Plano Real seja oxigenado em função da diminuição gradativa da sua suscetibilidade, assegurando o poder de compra da população, favorecendo a retomada do crescimento econômico, o aumento da produtividade e propiciando o equilíbrio necessário para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira.


Arthur Jorge Costa Pinto é Administrador, com MBA em Finanças pela UNIFACS – Universidade Salvador.

http://www.alertatotal.net/2014/05/o-pt-e-o-plano-real.html

terça-feira, 18 de março de 2014

Juiz de merda...No Codigo da vida...


- Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto…votei contra para desmentir a Folha de São Paulo ( que na véspera noticiou o voto certo em favor de Sarney )…

O Presidente já estava vitorioso e não precisava mais do meu…Mas fique tranquilo. Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente…

O Senhor entendeu?

- Entendi.

ENTENDI QUE VOCÊ É UM JUIZ DE MERDA!

Bati o telefone e nunca mais falei com ele.

Muitos advogados sabiam que Celso de Mello havia sido meu secretário na Consultoria da República e nomeado Ministro do Supremo por empenho meu. (fls. 169 /176 do livro Código da Vida)"...

domingo, 12 de janeiro de 2014

O...X...do problema...



Pobre sou eu, mas quem perdeu R$ 46 bilhões de um ano pra cá foi ele. E agora Eike não tem mais como se manter. Pelo menos não na lista dos 100 mais ricos do mundo. A fortuna dele está em R$ 22 bilhões (US$ 10,7 bi), segundo a Bloomberg. É só um terço do que tinha em março de 2012.

Até outros brasileiros deixaram ele para trás. Pela direita, passou o banqueiro Joseph Safra (US$ 12 bilhões), veterano nas listas de mais ricos do mundo. Pela esquerda, veio a empreiteira Dirce Camargo (US$ 13,8 bilhões), da Camargo Corrêa. E quem passou voando mesmo por Eike foi o cervejeiro, hamburgueiro e agora vendedor de catchup Jorge Paulo Lemann. Com US$ 19,8 bilhões, o criador da Ambev, dono do Burger King e sócio de Warren Buffett na Heinz é quem ostenta o troféu de mais rico do país.

Bom, se juntar bilhões é um esporte – e é mesmo – um jeito de achar a resposta é analisar como foi a carreira dele desde as “categorias de base” dessa modalidade. Eike ficou rico quando tinha praticamente a idade do Thor Batista. Aos 23 anos, abandonou a faculdade de engenharia na Alemanha para tentar ganhar dinheiro com o ouro da Amazônia. Era o auge do garimpo lá, no começo dos anos 80. Teve até filme dos Trapalhões sobre o fenômeno.

Eike, então, fez como Didi, Dedé, Mussum e Zacarias: foi tentar a sorte no garimpo. Pediu US$ 500 mil emprestados a dois amigos joalheiros para se estabelecer como comerciante de ouro no meio do mato. Comprava ouro na Amazônia e revendia no Sudeste. Em pouco tempo, os US$ 500 mil viraram US$ 6 milhões. É mais dinheiro do que parece. US$ 6 milhões do começo dos anos 80 equivalem a US$ 15 milhões de hoje. Trinta milhões de reais. Não tinha nem 25 anos e já estava com quase tanto dinheiro quanto o Renato Aragão.

Em vez de torrar esses milhões vivendo a melhor juventude que o dinheiro pudesse comprar, Eike fez o que parecia menos sensato: gastou tudo em máquinas que faziam extração mecânica de ouro. E os US$ 6 milhões viraram US$ 1 milhão. Por mês. Três milhões de reais em dinheiro de hoje. Por mês (repito aqui pra dar um tom dramático – merece).

Ele não parou nisso. Claro. Comprou mais minas, mais máquinas, ficou sócio de empresas peso-pesado da mineração e, com 40 e poucos anos, chegou ao primeiro bilhão de dólares. Entrou para a Fórmula 1 do dinheiro.

E fez uma primeira temporada de Vettel. No começo dos anos 2000 resolveu trocar o ouro por minério de ferro. Perfeito: se ouro vale “mais do que dinheiro”, minério de ferro vale mais do que ouro. Por causa volume, lógico: todo o ouro minerado na história da humanidade dá mais ou menos 140 mil toneladas. Isso é o que a Vale extrai de minério de ferro em seis horas.

Em 2005, então, ele fundou sua mineradora, a MMX. Um ano e meio depois ele vendeu uma fatia dela para outra mineradora, a Anglo-American. Pagaram US$ 5,5 bilhões. A lista da Forbes com os mais ricos do mundo em 2007 já tinha saído, três meses antes da negociação. E o brasileiro mais bem colocado ali era Joseph Safra, com 6 bilhões. Ou seja: o negócio com a Anglo-American foi mais do que suficiente para que Eike fosse dormir sabendo ser o homem mais rico do Brasil.

E se Eike não tinha parado quando ganhou uma megasena no braço, nos tempos da Amazônia, não era desta vez que iria amarrar o burro na sombra. O mercado passou a enxergar o cara como uma mina de ouro. Ele deixava de ser só um nome na coleira da Luma de Oliveira para virar a grande esperança dos investidores. E Eike aproveitou a maré. Foi financiar sua ideia mais ambiciosa: a de construir uma concorrente da Petrobras.

Era a OGX, seu projeto de companhia de petróleo. Em 2008 Eike lançou ações dela na bolsa. Na prática, estava vendendo 40% da OGX antes de ela virar realidade. Levantou R$ 6 bilhões nessa - era o maior IPO (venda inicial de ações) da história da Bovespa até então.

Agora ele era o herói.

Àquela altura Eike já tinha uma Vale e uma Petrobras para chamar de suas. Ainda que a MMX fosse bem menor que a Vale e a OGX ainda não tivesse saído do PowerPoint, já era algo que ninguém na história do país tinha conseguido. Mas isso era só um pedaço do que ele tinha em mente. Eike queria algo bem maior: montar um ecossitema de empresas, em que uma sustentasse a outra.

Assim: uma mineradora sempre precisa pagar para que algum porto escoe a produção dela – de preferência para a China, o maior consumidor de minério do mundo. Então porque não ser dono da mineradora e do porto também? Então criou a LLX, uma empresa de logística dedicada à construção de portos. Mais: mineradoras e portos precisam de energia. E pagam caro por isso. Então valia a pena ser dono da companhia de energia também. Eike já tinha uma empresa de termelétricas desde 2001, a MPX.

Agora, então, a MPX faria as usinas que alimentariam as minas da MMX, os portos da LLX e as instalações da OGX. A própria MPX seria também alimentada por outra empresa de Eike: a CCX, uma companhia de mineração de carvão dedicada a fornecer combustível para suas termelétricas.

Ah: a OGX precisava de um fornecedor de equipamentos de perfuração e de plataformas marítimas. Quem fabricaria tudo isso para Eike? Eike mesmo, ué. Então ele fundou a OSX, um estaleiro sob medida para alimentar as necessidades da OGX. E onde instalar a OSX? No porto da LLX. Porto que, de quebra, também pode estocar petróleo da OGX…

No papel, a ideia é irresistíel: uma companhia ajudando a outra, num círculo virtuoso sem fim. O mercado gostou. E cada uma dessas empresas teve seu IPO bilionário, o que levaria Eike aos seus US$ 34 bilhões e à sétima posição na lista da Forbes em 2012.

Só tem um problema: os mesmos elementos que moldam um círculo virtuoso também podem trazer um círculo vicioso. Foi o que aconteceu. A OGX saiu do papel produzindo só 25% do que a própria empresa esperava. Nisso, a OSX enfraqueceu também: a petroleira de Eike tem encomendas no valor de US$ 800 milhões com o estaleiro de Eike; se a OGX vende pouco petróleo, pode não ter como pagar a OSX. Sem essas duas funcionando a contento, a viabilidade da LLX fica em dúvida, já que o estaleiro e a petroleira são clientes do porto. Se a LLX não deslancha, complica para a MPX, que vende energia para ela. E aí quem pode ficar sem cliente é a CCX…

Nisso, o mercado passou a ver a interconexão das empresas X mais como vício do que como virtude. E o valor de mercado delas despencou, levando junto uma fatia da fortuna de Eike, já que o grosso de seu patrimônio são as ações que ele tem das próprias companhias. O preço somado de todas as ações da OGX, por exemplo, já foi de R$ 75 bilhões. Hoje é de R$ 10 bilhões. Aqui vai quanto cada uma caiu:

OGX (petróleo): -86%
De R$ 75 bilhões (out 2010) para R$ 10 bilhões

OSX (estaleiro): -77%
De R$ 9,4 bilhões (mar 2010) para R$ 2,1 bilhões

LLX (porto): -75%
De R$ 5,8 bilhões (abr 2011) para R$ 1,4 bilhão

MPX (energia): -28%
De R$ 8,5 bilhões (mai 2012) para R$ 6,1 bilhões

CCX (minas de carvão): -51%
De R$ 1,4 bilhões (mai 2012) para 680 milhões

Eike esboçou seu império antes da crise de 2008, quando o barril de petróleo estava a quase US$ 200 e o apetite da China por minério de ferro parecia infinito. De lá pra cá o preço do petróleo e o do minério caíram pela metade. Aí complica, já que esses são os dois grandes pilares da coisa toda.

FONTE: Revista Superinteressante.