segunda-feira, 29 de julho de 2019

Quando nao souber explicar...complique!!!


Qual é a melhor teoria quântica? Inteligência Científica Artificial responde
A ideia é que esses algoritmos de "Inteligência Científica Artificial" decidam qual teoria explica melhor a realidade.

Teorias na mecânica quântica

"Eu creio que posso dizer com segurança que ninguém entende mecânica quântica," disse certa vez o famoso físico Richard Feynman (1918-1988), um dos pioneiros na área da computação quântica e criador do conceito de nanotecnologia.

E esse dito um tanto contundente parece continuar válido em muitos aspectos hoje.
De fato, vários fenômenos da física permanecem envoltos em mistério. Por exemplo, até hoje não se sabe por que a resistência elétrica dos supercondutores cai a zero quando eles atingem limiares específicos de temperatura. Ou porque uma onda colapsa para um comportamento tipo partícula quando é feita uma medição.
Para entender esses sistemas quânticos, vários modelos teóricos têm sido propostos e estudados. Mas qual reflete melhor a realidade?
Inteligência científica artificial
Ora, se os físicos não conseguem decidir qual é a melhor teoria ou o melhor modelo, que tal pedir uma ajudinha para a inteligência artificial? É o que estão propondo Annabelle Bohrdt e um grupo das universidades Técnica de Munique (Alemanha) e Harvard (EUA).
Segundo eles, a questão de qual modelo descreve melhor um fenômeno quântico pode ser respondida através da análise de imagens, o mesmo mecanismo utilizado para o reconhecimento facial, já amplamente utilizado em outras áreas.
"Semelhante à detecção de gatos ou cães em imagens, imagens de configurações de cada teoria quântica alimentam a rede neural," explica Annabelle. "Os parâmetros da rede são então otimizados para dar a cada imagem o rótulo correto - neste caso, os rótulos são apenas 'teoria A' ou 'teoria B', em vez de gato ou cachorro."
As imagens usadas para treinar a rede neural artificial vêm de experimentos conhecidos como simuladores quânticos.
Qual é a melhor teoria quântica? Inteligência Científica Artificial responde
O algoritmo-cientista também não entende de mecânica quântica: ele analisa qual imagem se adapta melhor a cada teoria.
Para demonstrar a capacidade dos seus "algoritmos-cientistas" baseados em aprendizado de máquina, a equipe escolheu simuladores quânticos baseados em átomos de lítio ultrafrios desenvolvidos para estudar a física da supercondutividade de alta temperatura.
Eles tiraram fotos do sistema quântico, que existe simultaneamente em diferentes configurações devido ao fenômeno quântico da superposição. Cada instantâneo do sistema quântico fornece uma configuração específica de acordo com sua probabilidade.
Hoje, os físicos estão divididos entre duas explicações para o fenômeno, conhecido como modelo de Hubbard-Fermi: a primeira é baseada em uma hipótese conhecida como estado líquido de spin quântico dopado, enquanto a segunda é chamada de teoria geométrica das cordas.
"Esta técnica considera todas as informações disponíveis sem um viés potencial em relação a uma teoria em particular pela escolha de um observável e pode, portanto, selecionar a teoria que é mais preditiva em geral. Até os valores de dopagem intermediários, nosso algoritmo tendeu a classificar os instantâneos experimentais como geométricos, em comparação com o líquido de spin dopado," escreveu a equipe.
Agora é esperar pelo voto dos físicos que optam pela teoria que perdeu para sentir se a adoção de algoritmos-cientistas terá ou não um futuro fácil pela frente. Enquanto isso, a equipe anunciou que irá aplicar seu aprendizado científico de máquina a outros fenômenos quânticos associados à supercondutividade.

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/07/2019

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Muito se parece...


A fórmula da felicidade senil
Descobri um aplicativo bem melhor do que o do envelhecimento fotográfico


Qual vai ser a sua aparência daqui a 20 anos? O aplicativo está na moda, mas me interessa pouco. Já tendo passado dos 60, gostaria mais de algo no sentido inverso.

Meu programa de fotorrejuvenescimento seria, aliás, um bom teste para todas as arapucas desse gênero. Eu poderia comparar o resultado eletrônico com meus retratos reais de 1990 e ver se confere. Duvido.

Talvez esteja aí a graça do envelhecimento pela internet. Alterada a sua foto, você não sai tão horrível quanto temia. Seu envelhecimento, digamos assim, é meramente cosmético.

A máquina não prevê um ganho de 40 quilos; acrescenta, pelo que vi, apenas uma boa porção de rugas, cabelos brancos e, quem sabe, uma expressão de sabedoria no rosto.

Desde adolescente, quis ser um velhinho. Estaria livre de muitas pressões, como a de arranjar namorada ou a de encontrar um trabalho.

Sempre amigo de cobertores, poltronas e abajures, não teria a reclamar de eventuais embaraços de locomoção.

Chegou a “melhor idade”, sem ironia. A miopia me livrou da necessidade de óculos para a leitura. Também posso agora ser rabugento à vontade.

Descobri, sobretudo, a fórmula mágica da felicidade senil. Consiste em dizer: “Não quero”. “Não vou.” Quantas vezes, ao longo da vida, inventamos desculpas —e terminamos acreditando nelas!

Alguém lhe convida para um churrasco de ex-alunos em Ibiúna. Lá está você gastando preciosos neurônios para se livrar do compromisso.

Claro que você tem inúmeras razões para não ir. Você prometeu (mas não é bem verdade) pegar o carro que estava na revisão (num domingo? Não cola). “Ah, vou viajar nesse fim de semana.” Meio velha, essa. E o pior, pelo menos no meu caso, é que às vezes eu acabava indo viajar mesmo —ou ficando gripado— só para tornar verdadeira a desculpa. Só para desesfarrapá-la.

Não era nem mesmo um problema de desculpas. Desde que o telefone foi substituído pelo email, ficou mais fácil mentir. Qualquer que seja a mentira dita aos outros, persiste o problema. Trata-se de saber o que dizemos para nós mesmos. “Eu bem que poderia ir, mas...” Lá vou eu “dando  tratos à bola”. Ou “pondo a cuca para funcionar”.

Eu tinha de terminar aquele texto... Precisava acertar aquele assunto com Fulano... Preciso dar uma caminhada... Vou comer demais nesse churrasco...

Por que enumerar tantos motivos, quando um só é o bastante? Não quero! Eis a melhor razão de todas, a que vence qualquer pretexto. O fato é que não costumamos invocá-la.

Melhor do que qualquer software de envelhecimento, minha idade avançada forneceu o  aplicativo perfeito, único, universal. É o botão do “não quero”.

Algumas obrigações, infelizmente, aumentam com a idade. Velórios, por exemplo. Muitas vezes, temos mesmo de comparecer. Curioso que, nessas ocasiões, sempre se pensa como a vida é curta, como é importante aproveitá-la etc.

Mas se achássemos isso, não perderíamos tempo no velório. Estaríamos ressuscitando, quem sabe, nosso antigo dom para dançar o twist, o hully-gully ou o chá-chá-chá.

De qualquer modo, melhor um velório do que um bailinho com luz negra. Minha fúnebre adolescência ficou para trás, e não passo mais pelas humilhações de então. E as humilhações do idoso não me atingiram ainda. Não cheguei ao ponto de vagar pelas ruas, esquecido do próprio endereço. Os mais espertos já sabem como fazer —cumpre tatuar no braço o telefone do parente mais próximo.

Por enquanto, estou autorizado a tudo. Tosses macabras num teatro, colisões de carrinho num supermercado, perguntas idiotas ao caixa do banco —há prazer nisso, e até certa maldade em se fazer de burro mesmo quando se sabe a resposta.

Uma coisa, entretanto, acho que nenhum velho tem o direito de fazer: contar 20 vezes a mesma história. Juro que me controlo nessa parte.

Um tio, muito bom nas narrativas absurdas do que acontecia com ele, não perdia a oportunidade de reencenar alguns de seus sucessos nos encontros de família. Ocorre que ele próprio estava cansado dos próprios causos, e com o tempo foi reduzindo-os ao mínimo.

Os detalhes bizarros se perdiam, a sucessão de eventos emagrecia e, por fim, tudo se formalizava em gestos e monossílabos como no teatro japonês. De Zola ao kabuki.

Mas o que é que eu estava dizendo mesmo? Ah, o aplicativo. Não, não é comigo. Último prazer: o de não saber mais como mexer no celular. Você poderia baixar para mim?
Marcelo Coelho

terça-feira, 2 de julho de 2019

DESENHANDO...!!!

PERDEU-SE O AMOR,O CARINHO E O RESPEITO
A família foi atacada, ridicularizada, divididas entre jovens e velhos.
Sim, é possível consertar os estragos.
Como se diz, “vinte anos não é nada!”
Basta que os “deuses” da pedagogia desçam de suas torres de marfim e tomem as medidas necessárias ao Brasil real de hoje.
Primeira aula da primeira série do ensino fundamental: CAFÉ DA MANHÃ! TODOS OS DIAS.
Ninguém aprende nada de barriga vazia.
Rudimentos de aritmética para que as crianças possam usar o seu pouco dinheiro. Saber fazer um troco; saber a diferença de valor das cédulas (notas de papel-moeda); noções básicas de Capitalismo, para que ninguém pense que o dinheiro nasce em árvore e aprenda a valorizá-lo, pela via da produção e do trabalho.
Noções de espaço (lugar onde moram) e tempo (suas idades e as idades dos parentes e amigos).
Cantar o Hino Nacional e reverenciar a Bandeira.


Carlos Maurício Mantiqueira